Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) reconhecem que a pressão do presidente Donald Trump, incluindo referência em carta e ameaças de tarifação ao Brasil, não deve ter efeito prático no julgamento do plano de golpe de Estado. A informação é da colunista da Rádio Itatiaia, Edilene Lopes.
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A expectativa em relação à denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) continua desfavorável, sem chances de diminuição de pena ou modificações nas acusações.
Segundo informações provenientes de fontes próximas a Bolsonaro, a estratégia atual visa transformar a situação em uma disputa política para enfraquecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um aliado próximo declarou que, apesar de reconhecerem a provável condenação do ex-presidente, acreditam que as medidas impostas por Trump, caso não sejam negociadas, podem comprometer a economia brasileira.
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Estratégia e efeito contrário.
O movimento de Trump estava sendo esperado desde a cúpula do BRICS, quando já se previa uma reação à proposta do bloco de utilizar outras moedas nas relações comerciais, em substituição ao dólar. O momento foi aproveitado para interferir na política doméstica brasileira, apoiando Bolsonaro e buscando prejudicar Lula com ações que impactariam a economia.
Contudo, a estratégia não atingiu o resultado esperado. Em vez de se opor a Lula, o setor produtivo brasileiro busca soluções em conjunto com o Executivo e o Legislativo, entendendo que as ações de Trump prejudicam a soberania nacional. A administração de Lula respondeu da mesma forma, sobretudo na comunicação, associando a supertaxa americana às ações do ex-presidente.
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A disputa continua no plano das narrativas, com a área bolsonarista admitindo que a pressão externa não terá impacto no âmbito legal. Até o momento, a tentativa de desconstruir a imagem de Lula tem se mostrado infrutífera, sobretudo devido à reação coordenada dos setores econômicos brasileiros em busca de soluções para o impasse.
Fonte por: CNN Brasil
