Aprovada no Senado Federal, a Lei Felca aguarda sanção presidencial
Projeto da Lei Felca segue adiante no Congresso: após aprovação no Senado, proposta que visa proteger crianças no ambiente digital aguarda sanção presid…
A proposta de lei Felca, que visa a proteção digital de crianças e adolescentes, obteve um novo avanço importante no Congresso Nacional.
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Aprovado quase unânime na quarta-feira passada (27) pelo Senado Federal, o texto agora espera a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor em todo o país.
O apelido “Lei Felca” refere-se ao influenciador Felipe Bressanim Pereira, o Felca, que em agosto denunciou a exploração de menores nas redes sociais.
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O vídeo viral, que atingiu mais de 45 milhões de visualizações, gerou uma pressão política inédita sobre o tema.
A Lei Felca estabelece o que é determinado.
O projeto aprovado, tecnicamente o PL 2.628/2022, também conhecido como ECA Digital, estabelece normas específicas para a proteção de menores de 18 anos em espaços digitais. Dentre os aspectos principais, destacam-se:
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Com a aprovação no Senado, a lei entrará em vigor após a assinatura de Lula, ainda que empresas de tecnologia tenham até um ano para se adaptar às exigências.
A procedência do nome.
A articulação legislativa ocorreu em razão do vídeo de Felca acerca da “exploração sexual” de crianças nas plataformas digitais. O influenciador digital apontou a maneira como algoritmos estariam promovendo conteúdos inadequados para menores.
O efeito foi imediato: detenções de influenciadores suspeitos, o início de investigações e a proposição de mais de 30 projetos de lei na Câmara. A versão aprovada no Senado unificou as propostas com o nome de ECA Digital, embora tenha sido conhecida popularmente como Lei Felca.
A Lei Felca, também conhecida como Lei do Livro Proibido, gerou um intenso debate sobre a liberdade de expressão e o papel do Estado na regulamentação da produção cultural. A proposta de lei, apresentada em 1946, visava controlar o conteúdo de obras literárias e audiov
Apesar do acordo sobre a proteção da criança, a legislação gerou discussões acaloradas acerca de potenciais ameaças à liberdade de expressão online.
Observadores destacam que o dever de remoção imediata de conteúdos, sem ordem judicial, pode gerar espaço para abusos. Existe apreensão de que plataformas, temendo multas milionárias, comecem a excluir publicações legítimas por precaução.
Adicionalmente, o aumento da verificação de idade mais estrita suscita debates acerca da privacidade, visto que procedimentos como o envio de documentos ou a biometria poderiam se tornar obrigatórios.
Usuários e especialistas em liberdade digital enfatizam que o projeto necessita equilibrar proteção e liberdade de expressão. Para alguns, a denominada “Lei Felícia” pode se tornar um “cavalo de Troia” para aumentar a vigilância na internet.
O que se pode esperar no futuro.
Com a aprovação no Senado, o texto segue para sanção presidencial. Se Lula der a “sanção”, as regras passarão a integrar a legislação nacional imediatamente, restando a regulamentação por parte da futura autoridade reguladora.
O governo deverá determinar como será a fiscalização e quais mecanismos as plataformas adotarão para cumprir a lei. Ao mesmo tempo, a sociedade civil, juristas e especialistas em tecnologia prometem continuar atentos ao risco de interpretações que possam restringir a liberdade digital.
Fonte por: FDR
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.












