A declaração foi feita em um evento do banco Santander, onde o vice-presidente apresentou o plano para reduzir os impactos das novas tarifas de importaç…
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que a medida de proteção aos exportadores brasileiros, denominada “Brasil Soberano”, terá um impacto fiscal “pequeno”. A declaração foi feita durante um evento do banco Santander, onde Alckmin detalhou o plano que visa mitigar os efeitos de novas tarifas de importação, como as impostas pelos Estados Unidos.
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O governo federal propôs uma Medida Provisória que destina R$ 30 bilhões em linhas de crédito para empresas impactadas. Adicionalmente, o plano contempla outras duas áreas de suporte:
O crédito tributário é concedido através do programa Reintegra, que retorna impostos remanescentes pagos por exportadores. A taxa de restituição será de 3% para empresas de médio e grandes portes e 6% para pequenas e microempresas.
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A suspensão do pagamento de tributos por um período de, no mínimo, dois meses, por meio do mecanismo denominado drawback.
O vice-presidente afirmou que a maior parte dos recursos do plano não constitui um novo gasto público, mas sim a restituição de impostos que, por legislação, não deveriam ser cobrados sobre produtos de exportação. “Este dinheiro não é do governo, este dinheiro é do setor privado, é do exportador. Exportação não pode pagar imposto. Eu tenho que devolver. Só que, em vez de devolver em 10 anos, eu vou fazer uma devolução imediata”, explicou Alckmin.
Apesar da justificativa, especialistas em economia alertam que qualquer efeito fiscal, mesmo que pequeno, pode ser motivo de preocupação, visto que aproximadamente 70% do Produto Interno Bruto brasileiro já está destinado à dívida pública. O governo, contudo, mantém uma postura otimista em relação à medida.
Em paralelo ao plano de socorro, o governo brasileiro prossegue nas negociações com os Estados Unidos para reverter ou diminuir as tarifas. Os alvos são dois: aumentar a lista de produtos brasileiros isentos de tributação e reduzir as alíquotas atuais, que atingem 50%, consideradas entre as mais elevadas do mundo.
O Brasil estabeleceu uma nova parceria com a Indonésia para a exportação de carne bovina, abrangendo a venda de ossos, miúdos e outros produtos cárneos, em linha com a estratégia de diversificação de mercados e a redução da dependência de grandes parceiros comerciais, conforme confirmado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, com quase 300 milhões de habitantes, e é considerada um mercado estratégico para o agronegócio brasileiro. Em 2023, o comércio entre os dois países movimentou cerca de 4 bilhões de dólares. O governo federal espera que a nova parceria amplie significativamente esses números e auxilie a compensar as perdas com as novas barreiras comerciais.
Com informações de Igor Damasceno
Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.