O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, declarou que o julgamento do núcleo central da trama golpista, concluído na noite de quinta-feira 11, observou o devido processo legal e utilizou provas.
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As incompreensões são parte da vida, mas somente o não conhecimento profundo dos fatos ou uma motivação distante da realidade encontrarão neste julgamento alguma perseguição política.
O ministro Barroso encerrou o julgamento na Primeira Turma que condenou Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pelo tentado golpe de Estado.
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Como presidente da Corte, Barroso não faz parte de nenhuma das turmas. Contudo, declarou ter se sentido na obrigação de comparecer na fase final da sessão.
Ele destacou o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal do golpe, “pela árdua tarefa que executou ao longo dos anos na condução deste julgamento de grande relevância, marco divisor de águas na história do Brasil”.
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Reconheceu, contudo, o aceno do ministro Luiz Fux, o único a votar em favor da absolvição de Bolsonaro e demais acusados. “A vida, contudo, é plural, assim como também é este tribunal. Por esta razão, não se dispõe a não manifestar respeito e compreensão pela posição divergente. Pensamento único só existe nas ditaduras.”
O chefe do executivo afirmou que o Supremo Tribunal Federal realizou sua importante tarefa de julgar, com base em provas, indivíduos civis e militares envolvidos em uma tentativa de golpe.
Acredito que estamos finalizando os ciclos de atraso na história do Brasil, caracterizados pelo golpismo e pela ruptura da legalidade constitucional. Sou persuadido de que algumas incompreensões atuais se transformarão em reconhecimento no futuro.
Fonte por: Carta Capital