Os países do G20 destacaram nesta sexta-feira (18) que os bancos centrais devem manter sua independência, após vários meses de ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o chefe do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell. O governante americano criticou repetidamente o diretor do órgão, chamando-o de “cabeça de vento” e “idiota”. Nesta semana, ele sugeriu que poderia demiti-lo por “fraude” em relação à forma como lidou com um projeto de renovação na sede do Fed.
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Os bancos centrais estão firmemente comprometidos em assegurar a estabilidade de preços, em consonância com seus respectivos mandatos, e prosseguirão com os ajustes de suas políticas com base nos dados disponíveis, afirmou o grupo em uma declaração conjunta após uma reunião de ministros das finanças na África do Sul. “A independência dos bancos centrais é crucial para alcançar esse objetivo”, complementou o comunicado, em um consenso excepcional também assinado pelos Estados Unidos.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessem, não participou da reunião de dois dias na cidade portuária de Durban, e os EUA foram representados pelo subsecretário interino de Relações Internacionais, Michael Kaplan. “É um importante sinalizar que os Estados Unidos continuam comprometidos com o formato do G20 e também aceitaram este comunicado conjunto”, disse à imprensa o comissário de Economia da União Europeia, Valdis Dombrovskis. O dirigente discursou no final da reunião plenária, sobre os “altos níveis de incerteza política” que estavam no centro das discussões, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.
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O G20 é formado por 19 países e duas organizações regionais. Seus membros são responsáveis por mais de 80% da produção econômica mundial. O grupo foi solicitado a responder às mudanças drásticas na política de seu membro mais rico, os Estados Unidos, que alterou as regras do comércio mundial desde o retorno de Trump à Casa Branca. “A economia global enfrenta uma crescente incerteza e desafios complexos, incluindo conflitos e guerras em curso, assim como tensões geopolíticas e comerciais”, concluiu o comunicado.
Com informações da AFP
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Fonte por: Jovem Pan
