Após a demissão do chefe de estatística, Trump divulga dados econômicos alternativos
Em agosto, uma revisão resultou em uma diminuição de 258 mil vagas de emprego nos dois meses precedentes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou nesta quinta-feira 7 dados econômicos alternativos que, segundo ele, comprovam que os números oficiais favorecem seu antecessor democrata Joe Biden, após demitir a chefe da principal agência governamental de estatísticas de emprego.
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Diante de jornalistas convocados à Sala Oval para um anúncio classificado como “importante” por um alto funcionário, o presidente republicano exibiu vários gráficos ao lado de Stephen Moore.
Aquele economista, ligado ao centro de estudos conservador Heritage Foundation, declarou que “no período dos dois últimos anos do governo de Joe Biden, o Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS) inflacionou em 1,5 milhão a criação de empregos”.
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Diante desse “erro gigantesco”, o presidente republicano “fez bem em pedir a nomeação” de um novo responsável para essa agência federal, afirmou o especialista, assessor de Trump há muito tempo.
“Não acredito que tenha sido um erro. Acredito que foi feito deliberadamente”, comentou o presidente americano. “São dados incríveis. Estamos indo muito bem”, declarou.
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De acordo com os cálculos de Moore, durante os primeiros cinco meses do governo Trump, a renda familiar média, corrigida pela inflação, cresceu em 1.174 dólares.
O Departamento de Estatísticas Trabalhistas revisa periodicamente os dados de emprego, seja para cima ou para baixo, após a publicação.
A última revisão, no início de agosto, diminuiu o número de empregos em 258 mil nos dois meses anteriores.
A correção provocou indignação em Trump, que logo tomou a decisão de demitir a diretora do escritório, acusando-a de ter “fraudulhado os números de emprego antes das eleições para tentar aumentar as chances de vitória” de Kamala Harris, sua adversária democrata nas eleições presidenciais de 2024.
Durante seu primeiro mandato, Trump desejava indicar Moore como o presidente do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.
Ele reconsiderou sua posição em razão das críticas sobre as avaliações do economista e alguns de seus comentários misóginos.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












