O nome do vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), voltou a ser mencionado por apoiadores como uma possível candidatura ao Palácio dos Bandeirantes no próximo ano. Anteriormente visto como o nome mais fraco entre os que surgiram para substituir Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ricardo Nunes (MDB), André do Prado (PL) e Gilberto Kassab (PSD), Ramuth é agora considerado com maior força após as outras opções começarem a ser mais discutidas.
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Apesar disso, Ramuth continua sendo uma figura pouco conhecida pelo eleitorado. Ao lado de Tarcísio, ele raramente busca o destaque e é percebido como discreto e leal.
O prefeito da capital, Ricardo Nunes, gozava de boa reputação entre seus apoiadores, sobretudo devido aos resultados positivos em pesquisas recentes.
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Contudo, a perspectiva de uma gestão liderada pelo vice, o coronel Mello Araújo (PL), não tem agradado à base aliada. A falta de experiência política e de postura, segundo alguém próximo a Nunes, preocupa o entorno, que também vê como um problema o número limitado de relações com outras lideranças de Mello, o que dificultaria a formação de grandes alianças.
Embora negue publicamente a intenção de disputar o governo do Estado, Nunes já declarou que, caso fosse convocado por Tarcísio, não recusaria o pedido.
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Já do lado de Kassab, que já afirmou mais de uma vez que gostaria de participar da disputa, não tem tanto trânsito fácil entre a base aliada de Tarcísio. Presidente do PSD, ele tem conseguido ampliar a participação da sigla de maneira forte em todo o país (no ano passado, se tornou o partido com maior número de prefeituras) e mantém, inclusive, três ministérios no governo Lula — o que causa estranhamento, principalmente na ala mais bolsonarista aliada ao governador.
O debate intensifica-se neste momento, após as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal ganharem mais destaque nos últimos dias. Para diversos nomes ligados ao governador, seria o momento de traçar melhor o cenário para 2026, com o anúncio formal do sucessor de Bolsonaro.
A leitura indica que, com Tarcísio, o Palácio dos Bandeirantes já tem alguém “reeleito”. Sem o nome do governador na disputa, o cenário é mais incerto – abrindo, inclusive, as possibilidades de crescimento da esquerda.
Até lá, Tarcísio seguirá se manifestando publicamente como candidato à reeleição.
Tarcísio fora.
O chefe do Executivo paulista busca-se resguardar, enquanto aliados e líderes de partidos debatem o futuro de Tarcísio. Publicamente chamado por aliados de futuro presidente, o governador de São Paulo não costuma responder aos elogios. Além disso, como já noticiado pela coluna, a tendência é que Tarcísio permaneça, nos próximos dias, longe dos holofotes. Ele tem diminuído a presença nas redes sociais e também o número de entrevistas coletivas dadas à imprensa, principalmente na capital paulista, após ser criticado pela postura diante do tarifário dos EUA e as novas repercussões da investigação de suposta tentativa de golpe de Bolsonaro.
Fonte por: Jovem Pan
