Apib denuncia fala de Huck sobre indígenas após visita ao Xingu. Entidade critica declaração do apresentador sobre celulares e cultura indígena. #Xingu #Indígenas #LucianoHuck
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) se manifestou publicamente no domingo, 7 de dezembro de 2025, expressando sua forte indignação em relação às declarações do apresentador Luciano Huck durante uma visita ao Parque Indígena do Xingu.
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O incidente, capturado em um vídeo que viralizou nas redes sociais, gerou um debate acalorado sobre a relação entre o homem branco e os povos originários brasileiros.
No vídeo, Huck sugere que os indígenas deveriam “limpar a cultura”, mencionando o uso de celulares. A Apib respondeu que a fala é problemática, argumentando que possuir um celular não diminui a identidade indígena, que se baseia em elementos como ancestralidade, território, memória e luta.
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A situação foi registrada durante a filmagem do programa “Domingão com Huck”, na companhia da cantora Anitta.
A Apib ressaltou que o acesso à tecnologia é um direito de todos os cidadãos brasileiros e uma ferramenta essencial para os povos indígenas, auxiliando na defesa de seus territórios, no monitoramento ambiental, no acesso à educação e ao trabalho, e na comunicação com o governo e na denúncia de violações.
A entidade enfatiza que a tecnologia é uma ferramenta de empoderamento e de luta por direitos.
O apresentador, por sua vez, defendeu que sempre foi um defensor dos povos originários, de sua cultura, de sua territorialidade e de sua preservação. Ele afirmou que as escolhas sobre modos de vida, tradições e caminhos futuros pertencem aos próprios povos indígenas.
Em relação ao vídeo, Huck justificou que a situação foi apenas uma decisão de direção de arte, um ajuste pontual durante a filmagem, sem intenção de impor qualquer limitação cultural.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.