Apesar da reação negativa em alguns setores da economia devido à política do presidente americano Donald Trump em relação aos produtos brasileiros, a medida impulsiona o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como o principal nome da direita para a disputa pela Presidência da República em 2026.

Segundo integrantes do PL e interlocutores da família Bolsonaro, não estão em jogo as reais chances de Eduardo derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem a adesão do Centrão e do mercado financeiro ao parlamentar. O que importa, segundo esses relatos, é o fato de o filho “03” ter conquistado a confiança e a gratidão do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é quem vai definir o candidato da direita nas próximas eleições presidenciais.

A avaliação é que Eduardo, com a medida de Trump, demonstrou ter contato com o presidente dos Estados Unidos. Além disso, interlocutores da direita apontam que o deputado fortalece o discurso de que renunciou ao Brasil em um “sacrifício pessoal” por uma causa, e não por “covardia”.

Esses aliados reconhecem que, inicialmente, o aumento de 50% na taxa pode ter um impacto negativo sobre Eduardo, considerando que o governo vincula a medida à atuação do deputado como proteção a Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.

O parlamentar pode obter vantagens se Trump revogar a tarifa sobre produtos brasileiros e Eduardo se tornar novamente mediador.

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O apoio internacional de Eduardo auxilia, na prática, na obtenção do único voto necessário para projetar o futuro do seu próprio pai. Integrantes da liderança do PL afirmam que a palavra final será de Bolsonaro, mesmo que não seja a escolha com maior viabilidade de vitória.

Em nota à imprensa divulgada após o anúncio de taxa extra de 50% para o Brasil, Eduardo e o jornalista Paulo Figueiredo assinaram uma nota reafirmando o diálogo com as autoridades do governo Trump.

Nos últimos meses, mantivemos intenso diálogo com autoridades do governo do presidente Trump, sempre com o objetivo de apresentar, com precisão e documentos, a realidade que o Brasil vive atualmente. A carta do presidente dos Estados Unidos apenas confirma o sucesso na transmissão daquilo que vínhamos apresentando com seriedade e responsabilidade.

Fonte por: CNN Brasil