Ao lado do indonésio, Lula não mencionou a brasileira falecida no país
Juliana Maris faleceu após sofrer uma queda em um penhasco durante a trilha do Monte Rinjani, na Indonésia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta 4ª feira (9.jul.2025) o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, no Palácio do Planalto. Os dois chefes de Estado realizaram uma reunião bilateral e proferiram uma declaração conjunta à imprensa. Não mencionaram, contudo, o caso da brasileira Juliana Marins, que faleceu após sofrer um acidente e cair em um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia.
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O governo brasileiro cancelou um decreto para arcar com os custos do traslado do corpo de Juliana. A nova versão do texto permite uma exceção em casos de morte por “circunstâncias que causem comoção”.
O governo indonésio enfrentou críticas nas redes sociais devido à demora no resgate da jovem brasileira. Juliana permaneceu 4 dias aguardando assistência. A perícia da Indonésia afirmou que a névoa e os efeitos do clima da região dificultaram o acesso da equipe ao local do acidente.
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Mais um país que não convive bem com a democracia.
O encontro com o presidente da Indonésia representa a 19ª reunião bilateral de Lula em 2025. Trata-se ainda da 10ª vez que o petista se reúne com o líder de um país que não possui uma democracia plena.
Lula tem priorizado negociações com países do Brics, bloco no qual somente Brasil e África do Sul são países com democracias plenas. Indonésia e Índia têm um histórico de perseguição a jornalistas e à oposição, enquanto China, Rússia e os demais países do grupo não permitem a imprensa livre e restringem a atividade da oposição.
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O indonésio Prabowo Subianto é um ex-militar que liderou operações no Timor-Leste – parte do território indonésio até 1999 – na década de 1980.
Subianto ascendeu rapidamente na hierarquia militar devido à sua relação com Hadji Suharto, ex-presidente que governou o país de maneira autocrática por 31 anos.
O presidente vigente enfrenta acusações de envolvimento na morte de líderes separatistas da região e de cometer massacres de civis no Timor-Leste, visando impedir a independência da região em relação à Indonésia. Ele foi proibido de entrar nos EUA entre 1998 e 2020, devido a alegações de violações de direitos humanos.
Após um passado problemático, Subianto recuperou sua reputação a partir de 2019, após ser indicado como ministro da Defesa pelo então presidente Joko Widodo. O atual líder indonésio venceu as eleições em 2024.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.