Ansiedade e relacionamento: descubra a origem e como lidar com isso!

Descubra como identificar se a ansiedade é causada por sua ferida interna ou pela relação que a provoca, com dicas práticas para lidar com isso!

22/10/2025 17:50

5 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Ansiedade em Relacionamentos: Compreendendo Suas Raízes

Sentir ansiedade em um relacionamento é algo comum. O coração acelera, a mente cria cenários e a insegurança aparece. No fundo, a ansiedade sempre surge de dentro de nós.

A forma como essa ansiedade se manifesta pode variar: às vezes, ela cria fantasmas que não existem na realidade; em outras ocasiões, é provocada por atitudes do parceiro, que intensificam feridas já existentes.

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Reconhecer essa dinâmica é fundamental para evitar dúvidas e ciclos de autossabotagem ou vínculos tóxicos.

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Programações da Infância e o Inconsciente

Acreditamos que estamos fazendo escolhas conscientes, mas, na verdade, o corpo e o inconsciente nos levam a padrões aprendidos na infância. Se crescemos em um ambiente onde amor e insegurança coexistiam, é natural que reproduzamos esse modelo.

Mesmo ao reconhecer esse padrão, podemos pensar: “justamente isso eu não quero”. Contudo, a programação inconsciente molda nossa maneira de amar, e nem sempre percebemos que o que parecia saudável não era construtivo.

Por exemplo, se um dos pais era ansioso e o outro atendia todas as expectativas, isso pode ter parecido cuidado, mas reforçava dependência e ansiedade. Assim, crescemos acreditando que tivemos bons referenciais, quando, na verdade, aprendemos um modelo distorcido de vínculo.

Quando a Ferida Cria Fantasmas

Mesmo quando o parceiro é presente e consistente, a mente ansiosa pode criar cenários de abandono. Em outras situações, o que gera ansiedade não é o medo de perder, mas o receio de se permitir ser feliz.

Isso ocorre porque, no passado, o corpo aprendeu a associar o que era desarmonioso ao que era “seguro”. Assim, mesmo que desejemos um vínculo saudável, o inconsciente busca o que já conhece.

Quando alguém oferece verdadeira estabilidade, o corpo pode estranhar. A pessoa pode sentir um desconforto difuso, como se algo não estivesse certo, levando a reações ansiosas e autossabotagens que se tornam claras apenas depois.

Quando o Vínculo Desperta a Ferida?

Em alguns casos, a ansiedade não é apenas uma projeção interna, mas também resultado da maneira como o parceiro se comporta. Se há incoerência ou falta de clareza, a ferida encontra alimento.

Às vezes, tudo parece perfeito, mas o desconforto surge como um alerta. Pessoas com perfil narcisista podem criar uma realidade que não corresponde à aparência. Elas tentam convencer o outro de seu ponto de vista, invalidando sentimentos alheios.

A diferença pode ser sutil, mas se você passar por essa experiência, é importante aprender com ela.

Sinais de um Vínculo Inseguro ou Tóxico

  • Desmarca compromissos em cima da hora repetidamente.
  • Evita assumir compromissos ou mantém a relação escondida.
  • Aparece apenas quando é conveniente.
  • É evasivo ou incoerente nas palavras e ações.
  • Faz você se sentir sempre em último lugar.
  • Faz você se sentir confuso, errado ou culpado.
  • Manipula conversas, invalidando sua visão e validando apenas a dele(a).

Não precisamos ser prioridade o tempo todo, mas também não devemos viver como se estivéssemos sempre em último plano. Assim como não precisamos estar sempre certos, não podemos viver sem voz e sem razão.

Como é um Vínculo Saudável?

Um vínculo saudável se expressa de maneira diferente:

  • Comunicação clara e sincera.
  • Presença mesmo em momentos de insegurança.
  • Coerência entre fala e atitude.
  • Interesse real, sem evasivas.
  • Abertura para conversar sobre sentimentos e medos.
  • Vontade genuína de compreender o outro.

Se, mesmo diante desses sinais positivos, a ansiedade persistir, é a ferida interna que precisa de atenção.

3 Passos para Diferenciar a Ansiedade

1. Acalme o corpo: A ansiedade coloca o organismo em estado de luta ou fuga, distorcendo a percepção. Antes de avaliar o relacionamento, respire e centre-se. Uma técnica simples é respirar com foco no coração.

Sinta o corpo relaxar e concentre seus pensamentos em algo que traga sentimentos de carinho ou gratidão. Permaneça nessa vibração por alguns instantes antes de retornar à situação.

2. Observe a realidade: Pergunte-se: o que esta ansiedade está realmente me mostrando?

3. Escolha como agir: Se for projeção, acolha e trabalhe a ferida interna. Se houver sinais concretos de desrespeito, avalie seus limites e perceba se essa relação vale a pena.

Independentemente da decisão sobre a relação, cuide de suas feridas — essa é a melhor maneira de transformar sua realidade afetiva.

A Cura é Sempre Interna

Mesmo que o parceiro mude ou a relação termine, a ansiedade continuará existindo se a ferida não for tratada. Buscar no outro a função de regulador emocional pode trazer alívio momentâneo, mas não resolve.

O verdadeiro caminho é aprender a acalmar a si mesmo, curar as feridas e se abrir para novas realidades. Isso transforma não apenas a forma de se relacionar, mas também a qualidade dos vínculos que você atrai.

Relações saudáveis sempre começam dentro de nós.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.