Anna Paulson, presidente do Federal Reserve da Filadélfia, alerta sobre a fragilidade do mercado de trabalho e a necessidade de manter a inflação em 2%
A presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Anna Paulson, expressou nesta sexta-feira (12) sua principal preocupação com a situação do mercado de trabalho. Ela destacou que a atual política monetária deve contribuir para a redução da inflação, visando a meta de 2% estabelecida pelo Fed.
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Em um discurso preparado para um evento da Câmara de Comércio do estado de Delaware, em Wilmington, Paulson afirmou: “No geral, ainda estou um pouco mais preocupada com a fragilidade do mercado de trabalho do que com os riscos de alta da inflação”.
Ela acredita que há uma boa chance de a inflação diminuir ao longo do próximo ano, especialmente com a redução dos impactos das tarifas, que foram um fator crucial para o aumento das pressões sobre os preços neste ano.
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Embora Paulson não tenha comentado sobre previsões para os juros em seu discurso, ela observou que “com a taxa de juros atualmente entre 3,5% e 3,75%, continua vendo a política monetária como um tanto restritiva”. Ela acrescentou que este nível de taxas, aliado ao efeito cumulativo das medidas restritivas anteriores, deve ajudar a trazer a inflação de volta à meta de 2%.
A presidente descreveu o mercado de trabalho como “flexível, mas não instável”, e mencionou que a redução das taxas em 0,75 ponto nas últimas três reuniões foi uma precaução contra uma possível deterioração do mercado de trabalho. Na quarta-feira (10), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) decidiu reduzir os juros em 0,25 ponto, buscando equilibrar os riscos para o mercado de trabalho e os níveis de inflação, que ainda permanecem elevados.
O Fed ainda enfrenta desafios devido à paralisação do governo, que limitou o acesso a dados econômicos importantes, e não forneceu orientações claras sobre um possível corte na taxa de juros em janeiro. Paulson mencionou que o Fed poderá discutir a política monetária de forma mais robusta no início do próximo ano, quando ela se tornará membro votante do Fomc.
“Quando o Fomc se reunir no final de janeiro, teremos muito mais informações, o que espero que traga mais clareza às perspectivas para a inflação e o emprego, assim como aos riscos associados”, concluiu Paulson.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.