A análise do cientista político Rafael Cortez, professor da USP, aponta que a discussão sobre anistia no contexto político brasileiro pode ser uma estratégia eleitoral voltada para 2026.
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A complexidade da situação se manifesta notavelmente no que concerne à posição do Centrão e suas ambições eleitorais. Cortez aponta um aparente paradoxo: se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é o candidato do grupo para 2026, não seria vantajoso para eles que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recuperasse seus direitos políticos.
O especialista em ciência política recorda que, ainda que aprovada, a anistia não asseguraria o retorno de Bolsonaro à disputa eleitoral, uma vez que sua inelegibilidade se baseia em decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), anterior aos acontecimentos que justificam a proposta de perdão.
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Cortez aponta uma articulação política mais abrangente, na qual grupos do Centrão buscam-se associar a temas alinhados ao bolsonarismo, mesmo reconhecendo que a versão mais completa da anistia dificilmente seria aprovada. Essa movimentação indica uma tentativa de consolidação de bases eleitorais em perspectiva para o próximo ciclo político.
A situação torna-se ainda mais complexa devido à atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, mesmo no exterior, influencia o debate e contribui para a intensificação das discussões em torno do tema. Essa dinâmica adiciona uma nova camada de complexidade às articulações políticas em curso.
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Fonte por: CNN Brasil