A indústria brasileira vive um cenário delicado devido à implementação de uma taxa de 50% sobre importações originárias dos Estados Unidos. Essa situação tem causado apreensão, sobretudo em segmentos que dependem significativamente do mercado norte-americano, o que motivou o governo a conduzir 29 reuniões com os setores impactados.
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A situação é particularmente alarmante para produtos que os Estados Unidos necessitam importar, como o café. Embora exista uma pequena produção no Havaí, os americanos dependem significativamente da importação do produto. Em Minas Gerais, responsável por 81% das exportações de café não torrado para os EUA, o impacto será substancial.
Produtos beneficiados e prejudicados
Alguns segmentos conseguiram escapar da alíquota máxima de 50%, mantendo uma taxa de 10%, como o setor aeronáutico, onde a Embraer possui notável atuação. O suco de laranja, cuja produção se concentra em São Paulo (88%), também obteve redução.
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Outrossim, vários setores suportam o impacto integral da tarifa. O setor de frutas apresenta particular preocupação, com produtores de manga correndo o risco de perder a produção que seria colhida em agosto, tradicionalmente destinada ao mercado americano. Calçados, peixes (com 70% das exportações direcionadas aos EUA), mel e cacau também estão entre os produtos que sofrerão com a tarifa de 50%.
A situação é ainda mais complexa para produtos que os Estados Unidos sequer produzem, porém que foram incluídos na lista de tarifação máxima. Essa circunstância tem gerado questionamentos sobre os critérios utilizados para a definição das tarifas e aumentado a apreensão no setor produtivo brasileiro.
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Fonte por: CNN Brasil