O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald Trump, se reuniram nesta sexta-feira (15) no Alasca, em uma reunião que pode resultar em um acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. O encontro já representa uma vitória diplomática para Putin, que tem enfrentado isolamento internacional desde 2014. A análise é de Lourival Sant’Anna na CNN Prime Time.
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Sant’Anna ressalta que a Rússia foi afastada do G8 após a invasão da Ucrânia em 2014, interrompendo o contato com lideranças ocidentais importantes. Contudo, um possível acordo de cessar-fogo pode não representar uma solução definitiva para o conflito.
A Rússia já assinou acordos semelhantes no passado, como os Acordos de Minsk em 2014 e 2015, que foram posteriormente violados. “A Rússia não vai desistir da Ucrânia. Na verdade, está sendo incentivada a manter seu projeto de dominação com essa conduta de Donald Trump”, analisa Sant’Anna.
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A falta da Ucrânia nas negociações é outro ponto crítico. Há a preocupação de que um acordo estabelecido sem a participação ucraniana possa levar a pressões sobre o país para aceitar condições desfavoráveis, inclusive a possível perda de territórios conquistados pela Rússia.
Os países europeus expressam preocupação com as negociações, devido ao histórico de descumprimento de acordos por parte da Rússia. Existe também a apreensão com a possibilidade de Trump pressionar aliados europeus a renunciar ao apoio militar à Ucrânia em troca de concessões econômicas a Putin.
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Fonte por: CNN Brasil
