Analise os aspectos positivos e negativos no torneio Mundial de Clubes

A CNN Esportes avalia o formato inédito do torneio de clubes da Fifa, que ocorreu nos Estados Unidos.

11/07/2025 9:17

4 min de leitura

Analise os aspectos positivos e negativos no torneio Mundial de Clubes
(Imagem de reprodução da internet).

Com a proximidade do encerramento do Mundial de Clubes, é preciso avaliar o que funcionou e o que poderia ser aprimorado no torneio realizado nos Estados Unidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No próximo domingo (13), Chelsea e PSG se enfrentam às 16h (de Brasília) no MetLife Stadium, em Nova Jersey. O vencedor conquista o título da primeira edição do maior torneio de clubes da Fifa.

A próxima edição ocorrerá em 2029, daqui a quatro anos. Até lá, o órgão responsável pelo futebol poderá aprimorar ainda mais o torneio, que conquistou o torcedor brasileiro. Confira o resumo da edição atual.

Leia também:

O que funcionou no torneio.

Na na na na

A seleção musical oficial da Copa do Mundo de Clubes agradou os torcedores. A canção “chiclete” é frequentemente ouvida durante o início de jogos, pausas e encerramentos das transmissões.

A canção “na na na na na”, que “gruda” na mente do torcedor, chama-se “Freed From Desire”, da cantora italiana Gala Rizzatto (que a performa em inglês). Foi lançada em 1996 como primeiro single do álbum Come Into My Life.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A tecnologia em apoio ao jogo.

A Fifa implementou algumas inovações neste Campeonato. O impedimento semiautomático se mostrou eficaz na resolução de jogadas questionáveis.

O sistema emprega inteligência artificial, múltiplas câmeras e sensores na bola para agilizar as decisões com o auxílio do VAR.

Nova perspectiva do campo

A câmera corporal empregada pelos árbitros na competição também foi uma tecnologia utilizada.

Fragmentos escolhidos das imagens produzidas durante os jogos foram divulgados em transmissão ao vivo para o público. A ação também despertou a atenção do torcedor, que pôde observar os momentos cruciais de uma forma diferente.

A torcida sul-americana vibra.

Apesar das grandes dificuldades para obter vistos e ingressos, os torcedores da América do Sul viajaram para acompanhar os jogos.

As competições dos seis clubes – quatro do Brasil e dois da Argentina – demonstraram a alegria e o entusiasmo do torcedor da América Latina.

A torcida do Boca transformou os jogos das equipes em uma verdadeira Bombonera. Palmeirenses, flamenguistas, botafoguenses e tricolores também fizeram bonito nas arquibancadas.

Reconhecimento

A Fifa decidiu oferecer premiações milionárias aos 32 clubes europeus, visando despertar o interesse deles.

O campeão de PSG e Chelsea receberá um montante superior a R$ 600 milhões com o título do Mundial. Valor bem acima do que a UEFA costuma pagar na Liga dos Campeões.

O Fluminense, que alcançou a maior colocação na competição, retornou com R$ 330 milhões nos cofres. Esse valor é superior à premiação obtida em 2023, quando venceu a Copa Libertadores e garantiu R$ 194 milhões.

O que poderia ser aprimorado no torneio.

Grandes arenas, assentos desertos

O torneio mundial de clubes apresentou estádios imensos, e diversos deles acomodam entre 60, 70 e até mais de 80 mil espectadores.

Esses estádios passaram a representar um grande problema para a Fifa. Várias arenas sediaram partidas com áreas desocupadas e setores interditados devido à baixa audiência.

O torcedor percebeu que muitos jogos estavam com público reduzido. A vitória do Botafogo sobre o PSG teve 35 mil espectadores em um estádio com capacidade para 92 mil pessoas. A ótica poderia ser distinta se a realização ocorresse em uma arena mais pequena.

Paralisações devido ao mau tempo.

As questões climáticas que afetam os Estados Unidos entraram em cena nesta competição, e vários jogos foram interrompidos pelas autoridades.

A Fifa determinou a suspensão de no mínimo 30 minutos em caso de avistamento de raios nas imediações do estádio, com base nas recomendações dos serviços meteorológicos.

A prudência é válida e a segurança de todos os envolvidos deve ser prioridade, porém o que se observou foram encontros interrompidos em um ambiente favorável ao desenvolvimento da partida, inclusive com o sol iluminando a área.

Enzo Maresca, técnico do Chelsea, manifestou sua insatisfação, argumentando que as interrupções comprometem o fluxo do jogo e a concentração dos jogadores.

Futebol ou basquete?

A abertura dos jogos não agradou aos torcedores. A Fifa decidiu inovar e “imitou” a NBA, com os atletas sendo convocados individualmente ao se apresentarem em campo.

Diversos jogadores demonstraram timidez diante da novidade e não interagiam com o público no estádio. Isso, consequentemente, não gerou entusiasmo.

Janela de transferências com o Mundial em andamento.

Uma das reclamações de clubes e torcedores, sobretudo do Brasil, era a flexibilidade que a Fifa concedeu aos clubes para contratarem jogadores durante a competição.

João Pedro chegou há poucos dias no Chelsea e não estava no elenco durante a fase de grupos. O brasileiro estreou nas quartas contra o Palmeiras, apresentando uma boa atuação, e foi decisivo para a equipe inglesa vencer o Fluminense na semifinal, marcando dois gols.

Abderrazak Hamdallah chegou ao Al-Hilal emprestado, porém, jogou apenas 20 minutos pela equipe saudita, na derrota para o Fluminense nas oitavas de final, e já retornou para o Al Shabab.

Somente equipes brasileiras venceram os finalistas Chelsea e PSG.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.