Analise o que se conhece sobre o confronto entre Israel e Irã
Israel bombardeia usinas nucleares, o Irã responde com mísseis; Brasil e EUA manifestam preocupação.

Israel e Irã estão protagonizando uma escalada de ataques militares desde a noite de quinta-feira (12 de junho de 2025), quando o governo israelense bombardeou instalações nucleares no território iraniano. Em retaliação, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra o país judeu nesta sexta-feira (13 de jun), em uma das ofensivas mais significativas já realizadas por Teerã.
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Abaixo um resumo sobre o que se sabe sobre a tensão no Oriente Médio.
O ataque realizado por Israel.
Na quinta-feira (12/06), Israel realizou diversos ataques aéreos contra alvos militares e nucleares no Irã. O governo israelense afirmou que a ação tinha natureza preventiva, visando neutralizar uma “ameaça iminente” relacionada ao programa nuclear iraniano.
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O foco principal foi a instalação de enriquecimento de urânio em Natanz. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Likud, direita) afirmou que as forças israelenses destruíram a principal unidade de enriquecimento do Irã e uma porção significativa de seu arsenal de mísseis balísticos.
A mídia iraniana confirmou o falecimento de membros de alto escalão, entre eles Hossein Salami, líder da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, comandante das Forças Armadas. Netanyahu também declarou que cientistas nucleares iranianos foram mortos nas operações.
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A resposta do Irã sobre o programa nuclear é que o país tem o direito inalienável de desenvolver sua capacidade nuclear para fins pacíficos, como a geração de energia e a medicina. O Irã afirma que seu programa nuclear é exclusivamente civil e que não tem intenção de desenvolver armas nucleares. O país tem cooper
A Irã respondeu ao lançamento de drones, seguido por duas ondas de ataques com mísseis balísticos. O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, classificou os bombardeios israelenses como uma “declaração de guerra” e prometeu uma resposta “amarga e dolorosa”.
Com este crime, o regime sionista deve se preparar para um destino sombrio e doloroso, que certamente ocorrerá, declarou Khamenei.
Os Estados Unidos manifestaram suas preocupações.
Os Estados Unidos admitiram inicialmente não ter participado da ofensiva israelense. O secretário de Estado, Marco Rubio, havia declarado que a prioridade de Washington é proteger suas tropas na região. Já o presidente Donald Trump (Partido Republicano) declarou que “ainda há tempo para evitar um massacre” e pressionou o Irã a negociar.
De acordo com a Casa Branca, Trump e Netanyahu conversaram nesta sexta-feira (13.jun) para discutir a intensificação do conflito. Na mesma data, os Estados Unidos iniciaram o apoio a Israel na interceptação de mísseis lançados pelo Irã, conforme informações do jornal digital Axios, confirmadas por autoridades norte-americanas e israelenses.
Brasil ocupa uma posição estratégica.
O governo brasileiro manifestou sua condenação aos ataques israelenses. Em comunicado oficial, o Itamaraty declarou que a ação infringe a soberania iraniana e o direito internacional. A chancelaria alertou sobre o risco de um conflito de grandes dimensões e solicitou o cessar imediato das hostilidades.
A íntegra da nota da diplomacia brasileira.
O governo brasileiro manifesta contundente condenação e acompanha com grande preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, que representa uma clara violação da soberania desse país e do direito internacional. Os ataques ameaçam intensificar um conflito de grandes dimensões na região, com alto risco para a paz, a segurança e a economia global. O Brasil solicita que todas as partes envolvidas exerçam total contenção e clama pelo fim imediato das hostilidades.
Reações Internacionais
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que o ataque de Israel contra o Irã foi “sem justificativa” e que constitui uma violação da Carta das Nações Unidas.
Um ataque militar sem justificativa a um país soberano membro da ONU, seus cidadãos, cidades pacíficas e infraestruturas de energia nuclear é inaceitável, declarou o ministério, conforme reportado pela Reuters.
O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita emitiu uma nota repudiando os ataques de Israel contra o Irã. De acordo com o ministério, a ofensiva coloca em risco a soberania do país e representa uma “clara violação” às leis e normas internacionais.
O Reino da Arábia Saudita condena esses ataques hediondos, afirmando que a comunidade internacional e o Conselho de Segurança têm grande responsabilidade para interromper imediatamente essa agressão, conforme a nota.
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Os efeitos nos mercados.
As principais bolsas mundiais encerraram em declínio nesta sexta-feira (13.jun), com os índices sendo afetados pelo ataque de Israel ao Irã na madrugada (horário local), o que elevou as tensões geopolíticas e reduziu o interesse por investimentos de risco.
Os índices mais impactados foram os dos Estados Unidos, da Europa e de países da Ásia. O Ibovespa encerrou em declínio de 0,43%, conforme ilustrado no infográfico abaixo.
Petróleo
Outro ativo impactado foi o petróleo. A cotação do barril subiu com o ataque. O preço futuro (para agosto de 2025) do tipo Brent alcançou US$ 73,83 por volta das 11h45, representando um aumento de 6,65%.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.