A tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos aumenta após a ameaça do presidente Donald Trump de aplicar tarifas sobre produtos brasileiros.

Américo Martins, Mariana Janjão e Lourival Sant’Anna analisam os possíveis desdobramentos e estratégias para lidar com a situação.

A trajetória histórica demonstra que Trump costuma apresentar uma abordagem inicial confrontacional em negociações, buscando obter concessões do outro lado.

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De acordo com especialistas, as negociações bem-sucedidas com o líder americano costumam iniciar-se com a exibição de boa vontade por parte do outro interlocutor, prosseguindo por um processo de redução gradual das tensões.

Impactos econômicos e negociações

O impacto econômico do conflito é evidente com a suspensão das exportações para os Estados Unidos, que representam um comércio de aproximadamente 40 bilhões de dólares anualmente.

A aplicação de tarifas de 50% tornaria os produtos brasileiros não competitivos no mercado americano.

Uma possível solução, segundo especialistas, seria adotar uma abordagem pragmática, focada em interesses geopolíticos e econômicos mútuos.

Isso envolveria demonstrar entendimento sobre as preocupações dos Estados Unidos em relação a temas como o BRICS, a hegemonia do dólar e questões envolvendo a Venezuela e o Cuba, sem afetar a soberania nacional.

Cenário político complexo

O cenário político interno brasileiro acarreta complexidade à situação. O crescimento na aprovação popular do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a posição da oposição, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que se oferece para mediar o conflito, geram obstáculos adicionais para uma resolução diplomática da crise.

A situação é ainda mais delicada devido à presença de atores importantes em posições estratégicas, incluindo o Banco Mundial, que podem impactar negociações e investimentos em infraestrutura no Brasil.

Fonte por: CNN Brasil