Análise: Expansão do conflito em Gaza causa frustração entre militares de reserva

O exército israelense anunciou a intenção de assumir o controle da cidade de Gaza.

19/08/2025 16:27

3 min de leitura

Análise: Expansão do conflito em Gaza causa frustração entre militares de reserva
(Imagem de reprodução da internet).

À medida que Israel intensifica sua ofensiva em Gaza, uma indicação do cenário atual do país é o crescente descontentamento de alguns reservistas convocados para servir novamente no conflito que persiste há quase dois anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após o ataque de 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel pelo grupo militante palestino Hamas, os israelenses retornaram, abandonando viagens, estudos e novas vidas no exterior, para lutar.

Enquanto alguns manifestam frustração com os líderes políticos que os retornam ao combate, o exército se prepara para tomar o controle da Cidade de Gaza, o maior núcleo urbano do enclave.

Leia também:

Um estudo da Agam Labs, da Universidade Hebraica, com mais de 300 reservistas envolvidos na guerra atual, revelou que 25,7% relataram uma redução significativa em sua motivação em comparação com o início da campanha.

Dez por cento afirmaram que sua motivação diminuiu um pouco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao serem questionados acerca de seus sentimentos em relação à campanha, o grupo mais expressivo – 47% – manifestou emoções negativas em relação ao governo e à condução da guerra e das negociações pelos reféns.

Em março, antes do anúncio da última ofensiva, a mídia israelense Ynet reportou que o número de reservistas comparecendo para o serviço estava 30% inferior ao solicitado pelos comandantes militares.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que o Hamas seria eliminado após o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, o evento mais letal para os judeus desde o Holocausto, que ceifou a vida de 1.200 indivíduos e resultou na captura de 251 reféns para Gaza, de acordo com informações israelenses.

A guerra continua, com o Hamas persistindo na resistência, e israelenses criticando o primeiro-ministro por não alcançar um acordo com o grupo militante para assegurar a libertação dos reféns, mesmo com diversos esforços de mediação.

Falta de visão

Reservistas se juntaram a milhares de israelenses em uma greve nacional no domingo, um dos maiores protestos em apoio às famílias dos reféns, exigindo que Netanyahu chegasse a um acordo com o Hamas para encerrar a guerra e liberar os prisioneiros restantes.

Um dos manifestantes revoltados era Roni Zehavi, um piloto reservista que interrompeu seu serviço militar após mais de 200 dias de efetivo, após o último cessar-fogo ter falhado.

Ele relatou que, durante a convocação dos reservistas, estes realizaram todas as tarefas necessárias sem apresentar reclamações. Contudo, logo surgiram dúvidas, como “para onde isso está indo?”.

Reservistas acusam o governo – a administração mais à direita da história de Israel – de perpetuar a guerra por motivos políticos.

Ele afirmou à Reuters que “essa guerra é totalmente política, não tem outro objetivo além de manter Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro”.

Ele está disposto a realizar qualquer coisa, sacrificar reféns, soldados mortos e cidadãos falecidos — fazer o que for preciso para que ele e sua esposa permaneçam no poder. É a tragédia do Estado de Israel e essa é a realidade.

O exército israelense declarou que o serviço dos reservistas é de grande importância e que cada caso de ausência é analisado.

A importância da participação dos militares de reserva é fundamental para o êxito das operações e para a garantia da segurança do país, declarou.

Fonte por: CNN Brasil

Aqui no Clique Fatos, nossas notícias são escritas com a ajudinha de uma inteligência artificial super fofa! 🤖💖 Nós nos esforçamos para trazer informações legais e confiáveis, mas sempre vale a pena dar uma conferida em outras fontes também, tá? Obrigado por visitar a gente você é 10/10! 😊 Com carinho, Equipe Clique Fatos📰 (P.S.: Se encontrar algo estranho, pode nos avisar! Adoramos feedbacks fofinhos! 💌)