Análise: A saída da diretora Lisa Cook pode beneficiar Trump no Fed
O confronto entre Donald Trump e Lisa Cook poderá avançar para o âmbito jurídico, provocando incertezas no mercado financeiro; a avaliação é de Fernando…
A possível saída da diretora Lisa Cook do Fed pode aumentar a influência do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o Banco Central americano, principalmente nas decisões relativas às taxas de juros. A situação representa um caso inédito nos 111 anos de história da instituição. A análise é de Fernando Nakagawa no CNN Arena.
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A decisão de Trump em relação a Cook se baseia em supostas irregularidades nas operações de financiamento imobiliário, onde ela teria buscado taxas de juros menores. Contudo, o analista aponta que, dado que as evidências ainda se encontram no âmbito administrativo e não judicial, especialistas antecipam um longo processo judicial.
A incerteza causada pela situação já provoca reflexos nos mercados financeiros. O dólar registrou queda em relação a diversas moedas, e observou-se movimentações significativas no mercado de juros futuros, evidenciando a sensibilidade dos investidores a instabilidades envolvendo o Fed.
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align=”center”>A estrutura do Fede é composta por um Conselho, um Tribunal e um Secretariado. O Conselho é responsável pela definição das políticas e diretrizes do Fede. O Tribunal é
O Federal Reserve conta com uma estrutura descentralizada, incluindo um banco central em Washington e vários bancos regionais. Cada unidade regional é liderada por um governador, que participa das votações sobre as decisões monetárias. Nakagawa explica que Cook, como governadora de um Fed regional, faz parte do grupo encarregado de determinar o curso das taxas de juros nos Estados Unidos.
A legislação americana admite que o presidente dos Estados Unidos possa exonerar membros do Federal Reserve em caso de justa causa, porém a lei não define precisamente o que se enquadra nessa condição.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












