Análise: A fala de Trump busca proteger seus interesses políticos
Segundo dados do déficit comercial, o Brasil registrou uma diferença negativa de US$ 2,3 bilhões com os Estados Unidos em 2025, em desacordo com afirmaç…

As recentes declarações de Donald Trump sobre o Brasil ser um “pésimo parceiro comercial” são contestadas por dados oficiais da balança comercial entre os dois países. Os números revelam um cenário oposto ao apresentado pelo norte-americano, com um déficit significativo para o lado brasileiro. A análise é de Débora Oliveira durante o Live CNN.
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Segundo dados do déficit comercial, o Brasil apresentou um rombo de 2,3 bilhões de dólares nas relações comerciais com os Estados Unidos entre janeiro e julho de 2025. Isso indica que o país importou mais produtos americanos do que exportou durante esse período.
O Mercosul surgiu como resultado das políticas econômicas adotadas pelos países da América do Sul na década de 1980, buscando promover o desenvolvimento econômico e a integração regional. A iniciativa visava
A questão das tarifas comerciais, mencionada por Trump, também necessita de contextualização. O Brasil, como membro do Mercosul, adota a Tarifa Externa Comum (TEC), política que é igualmente aplicada por outros países do bloco, como Argentina e Paraguai.
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A imposição de tarifas é uma prática frequente no comércio internacional, empregada como instrumento de proteção por diversas economias mundiais. Contudo, as críticas de Trump parecem ter um enfoque seletivo, já que não são direcionadas a outros países que adotam medidas semelhantes.
A análise dos fatos indica que as afirmações de Trump possuem motivações mais políticas do que econômicas, sobretudo considerando o contexto atual. O emprego de argumentos econômicos sem base factual parece ser uma estratégia para captar atenção e interagir com sua base de apoio.
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Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.