Defesa de Ana Paula Veloso Contesta Acusações de Serial Killer
A defesa de Ana Paula Veloso, de 36 anos, estudante de Direito acusada de ser uma “serial killer” responsável pela morte envenenada de quatro pessoas em Rio de Janeiro e São Paulo, afirma que não há “elementos robustos e definitivos” que comprovem sua participação. Apesar disso, Ana Paula confessou à polícia ter assassinado duas vítimas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No primeiro caso, ela relatou ter permanecido na mesma casa que a vítima, cuidando do filho e da sobrinha, por cinco dias, até chamar a polícia devido ao forte odor da decomposição. O advogado Almir da Silva Sobral defende que Ana Paula, como qualquer cidadão, está protegida pelo princípio da Presunção de Não Culpabilidade. Ele ressalta que qualquer afirmação prematura sobre sua responsabilidade é uma violação desse princípio.
Detalhes das Mortes e Investigação
Na manhã de 11 de abril de 2025, Maria Aparecida Rodrigues não respondeu às mensagens da filha, Thayná. Após tentativas de contato, uma tia encontrou Maria Aparecida morta em Guarulhos, São Paulo. Durante a espera pelo corpo, uma mulher se apresentou como Carla, alegando ter estado com a vítima na noite anterior, mas desapareceu antes do velório.
LEIA TAMBÉM!
Thayná descobriu que “Carla” era um nome falso utilizado por Ana Paula Veloso Fernandes, que foi presa sob a acusação de envenenamento e morte de Maria Aparecida e outras três pessoas. A imagem de Ana Paula foi vista por testemunhas e policiais em todas as quatro mortes investigadas entre 31 de janeiro e 23 de maio.
Outras Vítimas e Análise Psicológica
No primeiro caso, Ana Paula chamou a polícia para “socorrer” Marcelo Hari Fonseca, em Guarulhos. Maria Aparecida foi a segunda vítima. Em Duque de Caxias, o aposentado Neil Corrêa da Silva faleceu após consumir uma feijoada supostamente contaminada com chumbinho, um pesticida altamente tóxico. A filha dele, Michelle Paiva da Silva, também foi presa por estar presente durante a convulsão do pai.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A quarta vítima, Hayder Mhazres, de 21 anos, morreu após passar mal no Brás, São Paulo. Ana Paula esteve ao lado dele, acompanhou-o na ambulância e comunicou o falecimento à polícia. O psiquiatra forense Talvane de Moraes, que não analisou o caso diretamente, afirma que Ana Paula parece ter consciência de seus atos.
Percepções da Investigação
O delegado Halisson Ideiao Leite, do 1º DP de Guarulhos, descreve Ana Paula como uma “serial killer” que, se solta, pode voltar a atacar. A investigação continua aberta para identificar possíveis outras vítimas. Leite destaca que Ana Paula demonstra frieza e ausência de remorso, além de um prazer em manipular e controlar a situação, o que exigiu da equipe uma análise cuidadosa para entender sua mente criminosa.