Com as exclusões anunciadas nesta quarta-feira (30), a tarifação do pacote de Donald Trump alcançará 46,6% das exportações brasileiras aos Estados Unidos, de acordo com levantamento da Amcham Brasil (Câmara de Comércio Americana).
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A consultoria Arko Advice identificou que oito dos dez produtos mais vendidos pelo Brasil ao mercado americano foram incluídos nas listas de exceções divulgadas no anexo da ordem executiva de Trump.
Itens como aviões da Embraer, suco de laranja, petróleo e derivados, celulose e aço ficaram isentos da taxa de 50%, passando a tributar-se apenas com a alíquota de 10%.
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Segundo a Amcham Brasil, US$ 18,4 bilhões das exportações totais de US$ 42,3 bilhões destinados aos Estados Unidos em 2024 foram isentos da tarifação, representando 43,4% dos embarques.
O presidente executivo da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), Ibiapaba Netto, afirmou à CNN que a remoção do suco de laranja deve ser vista como uma “vitória” e proporciona alívio ao setor.
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Segundo ele, há uma interdependência entre Brasil e Estados Unidos. Aproximadamente 70% das importações americanas e 56% de todo o abastecimento interno de suco de laranja são provenientes do Brasil.
“Tratava-se de uma questão de sobrevivência para eles”, declarou Ibiapaba.
O café brasileiro também não foi isento da taxa da Casa Branca e pagará 50% para entrar nos Estados Unidos.
O presidente do Cecafé, Mário Ferreira, considera que o produto deve ser empregado como uma “moeda de troca” nas negociações entre Brasília e Washington.
Ferreira acredita que, no futuro, o café poderá ter uma tarifa mais baixa. “Não desistimos”, declara.
Na área de máquinas e equipamentos, alega-se que a Casa Branca incluiu na lista de exceções tudo aquilo que os Estados Unidos importam, porém não produzem.
Os Estados Unidos são grandes produtores de máquinas e competem conosco. Por isso, acredito, não fomos incluídos no anexo [de setores excluídos da tarifação]. Declara Josué Velloso, presidente-executivo da Abimaq.
Compreenda a política tarifária de Trump em relação ao Brasil e seus efeitos na economia.
Fonte por: CNN Brasil
