Aluno de 14 anos assassina com facas assistente educacional na França

A mulher, com 31 anos, sofreu múltiplos golpes com uma faca antes das 8h, no momento em que os estudantes chegavam, durante uma verificação das bolsas.

10/06/2025 11:03

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France's Minister of Education, Higher Education and Research Elisabeth Borne arrives at the secondary school where a 31-year-old teaching assistant was stabbed with a knife by a 15-year-old pupil during a bag search in Nogent, eastern France, on June 10, 2025. The teaching assistant, who died of her wounds, received several knife wounds just as classes were starting, and the alleged attacker, who was overpowered by gendarmes, "appears to be a student at the school," education officials said. (Photo by Jean-Christophe VERHAEGEN / AFP)
France's Minister of Education, Higher Education and Research El...

Um estudante de 14 anos faleceu após receber múltiplos golpes de faca na terça-feira (10), enquanto um assistente educacional na França, onde as autoridades intensificaram as inspeções nas escolas para apreender armas após uma série de confrontos violentos entre jovens. A França iniciou as verificações nas escolas após a morte de um jovem de 17 anos durante uma briga em um centro de ensino na região de Paris em março. Em abril, outro adolescente morreu esfaqueado em Nantes, oeste do país. A mais recente tragédia ocorreu na terça-feira durante uma revista de mochilas realizada pela gendarmerie francesa na escola de ensino médio Françoise Dolto, em Nogent, no leste da França. A mulher, de 31 anos, foi esfaqueada diversas vezes pouco antes das 8h00 “na chegada dos alunos, durante uma inspeção visual de suas mochilas”, informaram as autoridades educativas locais. “Ela não conseguiu se recuperar dos ferimentos”, acrescenta.

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O adolescente de 14 anos encontra-se sob custódia policial. Um dos policiais sofreu ferimentos leves durante a detenção. “Enquanto cuidava dos nossos filhos em Nogent, um assistente educacional perdeu a vida, vítima de um surto de violência sem sentido”, escreveu na rede social X o presidente, Emmanuel Macron. “A nação está de luto”, acrescentou. Os cerca de 300 alunos da escola foram confinados inicialmente, antes de serem enviados para suas casas, explicou a Prefeitura da cidade. Também foi criada uma célula de assistência psicológica. Segundo as autoridades, a inspeção estava “prevista há muito tempo” no âmbito da operação a nível nacional e a escola não tinha “dificuldades particulares”.

Entre 26 de março e 26 de maio, as forças de segurança realizaram 6.000 inspeções na França, resultando na apreensão de 186 facas e na detenção de 32 pessoas, conforme indicou o Ministério do Interior. A comunidade escolar e a classe política reagiram à nova tragédia. A vítima “estava apenas cumprindo seu trabalho de receber os alunos”, declarou Élisabeth Allain-Moreno, do sindicato SE-UNSA, que expressou “uma dor imensa”. “A ameaça das armas brancas entre nossas crianças tornou-se crítica”, afirmou o primeiro-ministro, François Bayroux, que solicitou transformar esse “flagelo” em um “inimigo público”. O governo está sob pressão da extrema direita, que aproveita essas tragédias para denunciar a “apatia das autoridades públicas”, nas palavras de sua líder, Marine Le Pen.

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Publicado por Luisa Cardoso com informações da AFP

Fonte por: Jovem Pan

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Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.