Um menino com autismo de 4 anos foi amarrado e algemado no banheiro, por uma professora, em uma escola infantil localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná. A responsável pelo ato foi presa em flagrante por maus-tratos na segunda-feira (7). Os demais funcionários da unidade serão ouvidos e podem ser indiciados por omissão.

A 2ª Promotoria de Justiça de Araucária, vinculada ao Ministério Público do Paraná, solicitou a conversão da prisão da pedagoga que permanece em regime de preventiva, porém ainda não recebeu o resultado da decisão judicial.

A situação foi primeiramente atendida pela Guarda Municipal de Araucária e pelo Conselho Tutelar. Após denúncias, a criança foi encontrada amarrada pelos punhos e pela cintura, em uma cadeira, em um banheiro da unidade escolar.

Declarações da Mãe

Na entrevista à CNN, a mãe da criança, Mirian de Oliveira, declarou que, após registrar o boletim de ocorrência, contatou a advogada e descobriu que não foi o único incidente em que o menino sofreu maus tratos. “Encontramos outros vídeos, outros dias com o Valentim, em que ele estava com outra roupa e em outro lugar”, afirmou.

Valentim é uma criança não verbal e isso é uma das preocupações da mãe em relação aos maus tratos que ele sofreu. “Como o Valentim não fala, eu fico pensando o que mais eles fizeram que ele não sabe contar para mim”, diz ela.

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Mirian afirmou que outros pais já retiraram seus filhos da escola e relataram situações semelhantes às de outras crianças. “Existem outras fotos de outras crianças, também amarradas, dormindo em cadeiras na mesma escola, tudo feito pela mesma diretora, pelos professores que estão lá sobre a orientação da diretora”, relatou.

A Prefeitura de Araucária declarou em comunicado que a direção da instituição cooperou rapidamente com a investigação, e que a mãe da criança acompanhou integralmente o processo.

A equipe da Polícia Civil do Paraná declarou que prossegue com investigações para solucionar o caso e finalizar o inquérito policial.

Sob a supervisão de AR.

Fonte por: CNN Brasil