Usuários se surpreendem com mudanças no vale-alimentação, gerando debates acalorados sobre o novo sistema e seus impactos.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, anunciou que o governo pretende oficializar, em outubro, mudanças significativas no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). A principal medida em discussão é a redução das taxas cobradas de bares, restaurantes e supermercados que utilizam vale-refeição e vale-alimentação. O objetivo é evitar que o caso vá para a esfera judicial, buscando um consenso entre as operadoras de cartões e o setor de alimentação.
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Inicialmente, a divulgação das alterações estava prevista para maio, mas foi adiada. A expectativa é que o anúncio oficial ocorra na próxima semana, após a volta do ministro de uma viagem à República Dominicana. A decisão final será tomada em conjunto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, buscando um acordo que atenda às necessidades de ambas as partes.
As taxas cobradas dos estabelecimentos que aceitam os cartões de vale são conhecidas como Merchant Discount Rate (MDR). Além da alta taxa, o setor também se preocupa com o tempo de repasse do dinheiro pelas operadoras, que pode levar até 30 dias. O governo pretende reduzir tanto os percentuais cobrados quanto o tempo de pagamento aos comerciantes.
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Adicionalmente, o ministro comentou sobre o adiamento do pacto voltado à valorização das condições de trabalho dos entregadores de aplicativos, que seria assinado nesta segunda-feira com o iFood. A assinatura foi postergada para ampliar a participação de outras empresas no acordo, além do iFood, buscando uma mesa de negociação mais ampla.
O Brasil encerrou agosto com um saldo positivo de 147.358 novos postos de trabalho com carteira assinada, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Esse resultado foi impulsionado por 2.239.895 admissões contra 2.092.537 desligamentos.
Embora o resultado seja positivo em relação a julho, que registrou 134.251 empregos, ele ficou abaixo do registrado em agosto de 2022, quando foram criados 239.069 postos. A desaceleração é atribuída ao aumento da taxa de juros e ao ritmo mais lento da economia.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.