Aliança Atlântica declara operação em reação ao ataque com drones da Rússia na Polônia
A iniciativa envolverá sistemas de defesa aérea e terrestre consolidados e um aumento no intercâmbio de informações entre os países envolvidos.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar ocidental, implementou uma operação para fortalecer a proteção da fronteira leste europeia, em resposta à invasão de drones russos ao espaço aéreo da Polônia, conforme anunciado pelo secretário-geral Mark Rutte nesta sexta-feira (12).
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A operação “Sentinela Oriental” iniciará em breve e contará com recursos da Dinamarca, França, Reino Unido, Alemanha e de outros países, afirmou Rutte.
A Sentinela Oriental agregará flexibilidade e robustez ao nosso posicionamento e demonstrará que, como uma aliança defensiva, estamos sempre preparados para defender.
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O primeiro-ministro holandês declarou que a invasão de drones da Rússia na quarta-feira (10) não foi um incidente isolado e considerou a ação como perigosa e inaceitável.
A irresponsabilidade da Rússia no ar, ao longo do nosso flanco leste, tem se tornado cada vez mais comum, constatou.
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O general americano Alexus Grynkewich, comandante supremo aliado da Otan na Europa, afirmou que a operação será “flexível e ágil” e contemplará “capacidades aprimoradas”, defesas aéreas e terrestres integradas e maior compartilhamento de informações entre os países parceiros.
Grynkewich percebeu que a totalidade da operação demandará certo tempo, porém os primeiros passos iniciarão “imediatamente”.
Entre os equipamentos destinados à operação estão dois F-16 e uma fragata antiaérea da Dinamarca, três caças Rafale da França e quatro Eurofighters da Alemanha, conforme um comunicado à imprensa da aliança.
Apesar do foco principal ser na Polônia, essa situação ultrapassa as fronteiras de um país. O que impacta um aliado, impacta a todos nós, alertou Grynkewich.
A iniciativa segue o modelo da operação “Sentinela do Báltico”, lançada no início deste ano em resposta à sabotagem de cabos no Mar Báltico, conforme o comandante.
A Polônia e os cidadãos de toda a Aliança podem confiar na nossa pronta resposta durante esta semana e no nosso importante anúncio de hoje. A Otan prosseguirá defendendo cada metro de seu território.
A operação abrangerá toda a faixa leste da OTAN, “do extremo norte ao Mar Negro e ao Mediterrâneo”, afirmou Grynkewich.
Ajustaremos e mudaremos continuamente nossa posição no flanco leste, visando manter o oponente desprevenido, e também responder às ameaças que surgirem.
A invasão por drones “não foi” um erro.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, classificou como “ataque” a incursão de drones russos em seu país e afirmou que a ação não foi um erro.
A afirmação foi feita algumas horas após o presidente dos EUA, Donald Trump, indicar que a invasão do espaço aéreo pode ter ocorrido por engano.
“Também gostaríamos que o ataque com drones à Polônia tivesse sido um erro. Mas não foi. E sabemos disso”, comentou Tusk em uma publicação nas redes sociais.
A Polônia relata que a Rússia lançou até 21 drones contra o país na quarta-feira, embora nem todos tenham sido localizados, declarou o chefe do Gabinete de Política Internacional da presidência polonesa, Marcin Przydacz, à mídia local.
Przydacz afirmou em entrevista à Rádio ZET nesta sexta-feira que pode ser que alguns drones tenham atravessado o espaço aéreo de um lado para o outro.
As autoridades polonesas relataram previamente 19 violações do seu espaço aéreo e que uma parcela significativa dos drones originou-se na Bielorrússia.
O ministro do Interior polonês anunciou que 16 drones foram localizados, na quarta-feira. Os locais onde os destroços foram encontrados totalizam uma área de centenas de quilômetros quadrados.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












