Operações Policiais no Rio de Janeiro sob Investigação do STF
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, em uma decisão tomada na quarta-feira (29.out.2025), ordenou que o governador do Rio de Janeiro (PL) apresente informações detalhadas sobre as operações policiais realizadas no Complexo do Alemão e da Penha.
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A medida surge em resposta a um pedido do CNDH (Conselho Nacional de Direitos Humanos), que busca investigar supostas irregularidades nas ações. O ministro assumiu a relatoria da ADPF das Favelas, com foco na redução da letalidade policial no estado.
Uma audiência foi agendada para o dia 3 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ). Participarão do encontro o governador do estado, o secretário de Segurança Pública, o comandante da Polícia Militar, o delegado-geral da Polícia Civil e o superintendente federal da Polícia Federal.
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A audiência está marcada para as 11h. Adicionalmente, o Presidente do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) comparecerá às 13h30, seguido pelo Chefe do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) às 15h e o Defensor Público Geral do Estado do Rio de Janeiro às 16h30.
O objetivo da audiência é que o governador apresente informações completas sobre a operação, em particular, em relação às alegações de que se trataria da “operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro”. A decisão busca garantir o cumprimento da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, que estabelece diretrizes para a atuação das forças policiais no estado.
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Segundo o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, o balanço oficial da megaoperação realizada na terça-feira (28.out) aponta para 119 mortos, incluindo 4 policiais, e 113 pessoas presas. Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio, retiraram ao menos 70 corpos de uma área de mata e os deixaram na praça São Lucas, formando uma fila no chão.
