Alemanha Retoma Vendas de Armas para Israel Após Suspensão por Conflito em Gaza

A Alemanha Retoma Vendas de Armas para Israel

A Alemanha anunciou nesta segunda-feira (17) a retomada das vendas de armas para Israel, que estavam suspensas desde agosto devido ao conflito na Faixa de Gaza. O governo alemão destacou que essa decisão depende do cumprimento do cessar-fogo e da entrega em larga escala de ajuda humanitária.

Como o segundo maior exportador de armas para Israel, atrás apenas dos Estados Unidos, a Alemanha havia interrompido alguns envios em agosto, em resposta à pressão crescente para encerrar a guerra. Embora a suspensão tenha afetado algumas armas, equipamentos essenciais para a defesa de Israel contra ataques externos foram excluídos dessa proibição.

Detalhes da Decisão

A revogação da proibição de envio de certas armas entrará em vigor no dia 24 de novembro. Um porta-voz do governo alemão afirmou que o monitoramento da situação em Gaza continuará. “O cessar-fogo entre Israel e o Hamas é fundamental para essa decisão, e esperamos que todos cumpram os acordos estabelecidos”, afirmou outro porta-voz.

Além disso, a Alemanha reafirmou seu compromisso com uma paz duradoura entre Israel e os palestinos, baseada na solução de dois Estados, e continuará a apoiar a reconstrução em Gaza. A relação entre os dois países é influenciada pela chamada “culpa histórica” em relação ao Holocausto.

Reações e Contexto

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, enfrentou críticas de aliados conservadores pela decisão de suspender parcialmente o envio de armamentos, que foi uma resposta ao plano de Israel de intensificar as operações em Gaza. Segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, a Alemanha forneceu 30% das principais importações de armas de Israel entre 2019 e 2023.

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Essas importações incluíram equipamentos navais, como as fragatas da classe Sa’ar 6, que foram utilizadas durante o conflito em Gaza. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, elogiou a decisão da Alemanha e pediu a outros governos que tomem medidas semelhantes.