Alemanha busca limitar a imigração após período sob a influência de Merkel
Gestão Friedrich Merz prevê a possibilidade de retenção de imigrantes na fronteira.

Dez anos após a então chanceler Angela Merkel abrir o país para milhões de refugiados, a Alemanha tem adotado uma postura muito mais restritiva em relação à imigração.
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Na quinta-feira (4), o governo de Friedrich Merz aprovou um projeto para endurecer as normas para refugiados.
A proposta contempla a detenção de imigrantes logo na chegada à Alemanha e o encaminhamento de refugiados a um país não pertencente à União Europeia.
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O projeto ainda necessita da aprovação do parlamento alemão. A iniciativa faz parte de uma estratégia de imigração que contempla o aumento das deportações.
De acordo com o Ministério do Interior, 12 mil imigrantes foram deportados no primeiro semestre do ano. Caso a tendência continue, o aumento pode atingir 20%, em relação a 2024.
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A alteração na estratégia ocorreu após dez anos da política “vamos conseguir”. Em setembro de 2015, a então chanceler Angela Merkel abriu as fronteiras para mais de um milhão de refugiados. A maioria, vítimas da guerra civil na Síria.
Inicialmente, o apoio à iniciativa foi amplo, contudo, uma década depois essa perspectiva perdeu sua unidade.
Setenta e quatro por cento dos alemães apoiam o fechamento total das fronteiras. Onze pontos percentuais a mais do que em 2018.
A exclusão de refugiados e a emergente crise migratória fortaleceram partidos de extrema direita, que promovem um discurso nacionalista. O principal deles, a AfD, já possui a segunda maior representação no parlamento.
Atualmente, os afegãos são o principal grupo que chega ao país. Uma parcela deles está fugindo do Talibã, que retomou o poder em 2021 após o fim da ocupação militar americana. A Alemanha também mantinha tropas no país.
Ao sair do Afeganistão, o governo garantiu asilo a quem apoiou as tropas. Mil e duas centenas de indivíduos obtiveram autorização para a mudança.
Devido ao grande volume de solicitações de asilo, o programa estava interrompido desde abril e retomou o funcionamento nesta semana.
A primeira remessa de afegãos chegou ao aeroporto de Hanôver. No grupo estavam a mãe e as irmãs de Alham, que reside na Alemanha há sete anos. Após a retomada do Talibã, eles se refugiaram no Paquistão.
Alham expressou sua alegria com a presença de sua família, destacando que o dia é de grande importância para ele e seus familiares.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.