Líderes de parlamentos consideraram a ação dos Estados Unidos como uma “agressão”, demonstraram apoio a Lula e destacaram que a resposta seja coordenada…
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressaram apoio ao governo federal em relação à sobretaxa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Em reunião nesta quarta-feira (16) com o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, os parlamentares consideraram a medida como uma “agressão” e defenderam que a reação seja coordenada pelo Executivo.
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O senador declarou que o Congresso está “integralmente à disposição” para defender a soberania nacional e o setor produtivo. “Vejo nesse momento uma agressão ao Brasil e aos brasileiros. Temos que ter firmeza, resiliência e tratar com serenidade essa reação”, declarou o senador, que também elogiou o papel de Alckmin nas negociações internacionais.
Hugo Motta ressaltou que a Câmara está preparada para atuar como apoio do Executivo e mencionou a aprovação recente da Lei de Reciprocidade, que permite ao Brasil responder a países que estabelecem barreiras comerciais ao país. “O Brasil não pode ser submetido a decisões externas que afetem nossa soberania”, declarou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin reiterou que a medida do governo de Donald Trump é “inadequada e injusta”, lembrando que os Estados Unidos possuem superávit comercial com o Brasil e que a maioria dos produtos americanos não é taxada no país. Segundo ele, a tarifa média brasileira de importação é de apenas 2,7%. “Vamos trabalhar juntos para reverter essa situação”, declarou.
Nos bastidores, a ação de Trump é vista como uma resposta política em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe de Estado. Na carta enviada ao presidente Lula, Trump afirmou que o Brasil está promovendo uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro, negou qualquer crime cometido por seu aliado e anunciou as tarifas como forma de pressão.
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A articulação entre o Executivo e o Legislativo demonstra o distanciamento político de Bolsonaro, visto que seus filhos têm defendido uma anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro como reação às sobretaxas. Contudo, a proposta não foi tratada por Alcolumbre nem por Motta durante o encontro.
Publicado por Felipe Dantas
Reportagem elaborada com o uso de inteligência artificial.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.