Alcolumbre continua trabalhando em prol da anistia há quatro meses
O presidente do Senado confirmou que está desenvolvendo uma versão independente do texto de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou que está elaborando um texto alternativo referente à anistia aos participantes do 8 de janeiro. “Estou trabalhando em um texto alternativo. Já falei disso há quatro meses”, afirmou nesta terça-feira (9).
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Ao ser perguntado por jornalistas sobre aquele texto, Alcolumbre respondeu apenas dizendo: “Estou trabalhando no meu texto”. Minutos depois, novamente questionado sobre “vamos ver quem vota a favor e quem vota contra”.
O presidente do PL na Câmara dos Deputados, Sostenes Cavalcante, afirma que existem pelo menos três versões de projetos de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Uma das versões, a mais drástica, incluiria a elegibilidade de Jair Bolsonaro e anistia a partir de 2019, no caso das acusações relacionadas às notícias falsas.
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A versão atribuída a Alcolumbre é classificada como “light”, uma vez que incluiria apenas os envolvidos no 8 de janeiro, sem englobar os líderes da organização criminosa. Apoiadores de Davi não acreditam no avanço da proposta com celeridade, especialmente diante da pressão direta da oposição sobre o presidente do Senado.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), solicitou que o assunto seja tratado no Senado ou na Câmara o mais breve possível.
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Flávio afirmou que não há “anistia parcial” e reiterou o pedido de “anistia ampla, geral, irrestrita e imediata”.
Em torno de Alcolumbre, a pressão direta terá efeito inverso sobre o presidente, que, nos bastidores, sinalizou irritação com a fala de Flávio.
Na Câmara dos Deputados, a pressão tem aumentado, porém o presidente Hugo Motta declarou que não há previsão de pauta para a matéria.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.