Alckmin não exclui possibilidade de acordo com EUA sobre minerais estratégicos
Setor mineral é destacado como elemento central nas negociações com o governo de Donald Trump.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, não rejeitou, na quinta-feira (24), um acordo com os Estados Unidos na área dos minerais críticos e estratégicos ao ser perguntado sobre essa possibilidade.
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“Há uma pauta extensa que pode ser explorada e desenvolvida. Ouvimos toda a indústria brasileira. O setor mineral está aqui e exporta para os EUA apenas 3%, mas importa mais de 20%,” declarou Alckmin, reiterando o superávit dos Estados Unidos na relação comercial com o Brasil.
O setor mineral foi destacado como elemento central nas negociações com o governo de Donald Trump.
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Em quarta-feira (23), representantes do setor mineral brasileiro e do governo dos Estados Unidos se reuniram para discutir um possível acordo entre os países em relação aos minerais críticos e a taxa de 50% anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
O representante norte-americano, encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, reuniu-se com o diretor-presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Raul Jungmann.
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A solicitação da agenda foi feita pelos Estados Unidos. As autoridades brasileiras consideram que os minerais — em especial as terras raras — podem receber uma atenção diferenciada no âmbito das tarifas.
A movimentação se dá em meio a uma disputa mundial por minerais críticos, insumos fundamentais para a fabricação de baterias, semicondutores e tecnologias avançadas.
Atualmente, este mercado é quase inteiramente controlado pela China. Diminuir a dependência em relação a Pequim tem sido uma das principais prioridades da administração Trump.
Os norte-americanos se destacam como principais interessados nos minerais brasileiros, atualmente adquiridos majoritariamente pela China. O mercado chinês responde por aproximadamente 70% das exportações do setor mineral do Brasil.
A principal linha de argumentação do Brasil nas negociações com os Estados Unidos será a influência da China nesse mercado.
A China possui mais de 80% da capacidade de produção global de células de bateria, além de concentrar mais da metade do processamento mundial de lítio e cobalto, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.