Alckmin e Rubio Discutem Retirada de Tarifas e Sanções em Ligações
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma série de negociações com o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, buscando soluções para as tarifas e sanções impostas pelo governo americano. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto após uma reunião entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã de segunda-feira (6).
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Alckmin Lidera Tratativas com EUA
O vice-presidente Geraldo Alckmin tem sido o principal responsável pelas tratativas com o governo dos Estados Unidos, buscando a retirada da sobretaxa de 40% sobre produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras. Alckmin coordenou um grupo de trabalho para formular a resposta do Brasil à medida, realizando encontros com centenas de empresários e representantes dos setores mais afetados.
Negociações em Andamento
A ligação entre Trump e Alckmin durou 30 minutos, conforme o Palácio do Planalto informou. Os dois presidentes concordaram em buscar um encontro pessoal “em breve”, com a possibilidade de acontecer na Cúpula da Asean, na Malásia, ou em uma viagem de Alckmin aos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a reunião como “positiva”.
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Encontros e Desafios
O chanceler Mauro Vieira teve um encontro em julho com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta agendar uma reunião com seu contraparte americana, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. Um encontro entre os dois chegou a ser combinado, mas foi desmarcado pelos americanos, sem justificativa concreta.
Próximos Passos
Há expectativa no governo brasileiro de que Haddad e Bessent se encontrem ainda em outubro, quando o ministro deve viajar a Washington para compromissos do G20. A viagem está marcada para o dia 13 de outubro. A conversa desta segunda-feira (6) acontece exatamente dois meses após a implementação da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. Desde que a taxa foi anunciada, o governo americano isentou alguns produtos da sobretaxa, como celulose e ferro-níquel.
