Alckmin descarta o emprego da Lei de Reciprocidade contra os EUA: “Vamos dialogar”
As declarações do vice-presidente surgem após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciar novas sanções contra o Brasil.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) declarou, na segunda-feira 15, que o governo brasileiro não pretende aplicar a Lei de Reciprocidade como resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos e adotará uma postura cautelosa para evitar o aumento da tensão com o governo de Donald Trump.
Existe uma Lei de Reciprocidade, aprovada pelo Congresso Nacional, que não será utilizada neste momento. Optamos por dialogar, acreditando que há espaço para negociação, conforme declarado em um evento promovido pelo jornal Valor Econômico.
O ministro, também petista, afirmou que o Brasil continuará apostando no diálogo. “O que defendemos é o livre comércio e o multilateralismo. Assim, recorremos à legislação mundial do comércio, a OMC. Então, o Brasil entrou na OMC, que não está em plenos poderes por não ter sua segunda instância, mas fizemos o correto.”
Leia também:

Análise: Exames de Bolsonaro sustentam argumento favorável à prisão domiciliar

Bolsonaro solicita visitas semanais de Valdemar e Rogério Marinho

Lula busca atingir público internacional para responder Trump
As declarações de Alckmin ocorrem algumas horas após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, assegurar que o governo de Donald Trump comunicaria uma resposta contra o Brasil, em reação ao julgamento que condenou Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe.
Em entrevista à Fox News nesta segunda-feira 15, Rubio alegou que o Estado de Direito “está em colapso” e que um juiz – em referência ao ministro Alexandre de Moraes – perseguiu o ex-presidente. “Haverá uma resposta dos EUA a isso. Teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre as medidas adicionais que pretendemos tomar,” disse o secretário.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.