Alberto Pfeifer, coordenador da Análise de Estratégia Internacional da USP, considera ajuda financeira de Donald Trump à Argentina na ONU como um “presente”, ao…
Em um cenário marcado por “alinhamentos globais”, a influência de cada nação supera a expressão multilateral, conforme analisa o coordenador do grupo de Análise de Estratégia Internacional da USP, Alberto Pfeifer. A dinâmica atual prioriza acordos bilaterais e relações estratégicas entre potências, em detrimento de iniciativas de cooperação em larga escala.
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Pfeifer utiliza a relação entre os Estados Unidos e países como Brasil e Argentina como exemplo. Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente argentino, Javier Milei, conseguiu obter um apoio financeiro de US$ 20 bilhões, destinado a “garantir a solvência do endividamento público, a manutenção da política cambial e a solidez de um pacote de ajuste macroeconômico”, segundo o analista.
Este suporte financeiro, segundo Pfeifer, fortalece o pacote de ajuste macroeconômico implementado por Milei e prepara a Argentina para as eleições que ocorrerão em 26 de outubro, marcando também a renovação de parte da Câmara dos Deputados e do Senado. A expectativa é que o resultado das eleições possa impulsionar as reformas liberalizantes de Milei e consolidar a parceria com os Estados Unidos.
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Historicamente, a Argentina cultivou laços com a China, estabelecendo acordos em setores como mineração, energia nuclear e projetos espaciais. No entanto, o país busca agora fortalecer suas relações com os Estados Unidos, estabelecendo um novo alinhamento estratégico e geoeconômico entre Washington e Buenos Aires.
Em contrapartida, o Brasil teve apenas uma breve interação diplomática, conforme aponta Pfeifer. Os brasileiros “ganharam 39 segundos de atenção e a possibilidade de marcar uma reunião ainda sem data, local e pauta definidas”, ressalta o coordenador da USP.
O Brasil enfrenta desafios nas negociações comerciais, especialmente em relação às tarifas impostas, que chegam a 50% em alguns setores. Essa barreira dificulta o acesso do país a mercados internacionais e impacta o seu desenvolvimento econômico.
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.