Brasil prevê crescimento exponencial de 145% no tráfego aéreo até 2044, aponta estudo da Airbus. Mercado doméstico e América Latina lideram expansão
O Brasil deverá experimentar um crescimento impressionante no tráfego aéreo de passageiros nas próximas duas décadas. Uma projeção recente, divulgada na quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, pela , indica que o volume de passageiros deve aumentar 145%, saltando de 108,5 milhões em 2024 para 266,3 milhões em 2044.
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Este é o primeiro levantamento do (Global Market Forecast) com um foco específico no mercado brasileiro.
Com o avanço da aviação, espera-se que a média anual de viagens por habitante no país mais que dobre, passando de 0,5 para 1,1. O crescimento mais significativo deve ocorrer no mercado doméstico, com uma alta de 149%, seguido por rotas para a América Latina (145%) e voos internacionais de longa distância (121%).
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A necessidade de uma frota maior, estimada em um aumento de 122% ao longo do período, segundo a fabricante francesa, é um fator chave para atender à demanda crescente.
Este cenário brasileiro acompanha uma tendência mais ampla observada na aviação da América Latina e do Caribe. Segundo o (Global Market Forecast), o tráfego de passageiros na região deverá quase dobrar até 2044, com uma taxa média de crescimento anual de 3,7%.
A expansão é impulsionada principalmente pelos mercados domésticos e intra-regionais, que apresentam um ritmo superior ao de mercados mais estabelecidos, como Estados Unidos e Europa.
A Airbus atribui esse movimento a fatores demográficos e econômicos, como o crescimento da população urbana na América Latina (que deverá se tornar a segunda região do mundo em termos de população urbana até 2044) e o aumento da classe média, estimado em cerca de 500 milhões de pessoas no período, juntamente com uma expansão média do PIB regional de 2,8% ao ano.
Para sustentar esse ritmo de crescimento, estima-se que a região precise formar cerca de 132 mil novos profissionais nas próximas duas décadas, incluindo técnicos de manutenção, pilotos e tripulantes de cabine. Além disso, o setor de manutenção, treinamento, conectividade e outros serviços deverá mais que dobrar de tamanho, passando de US$ 8,3 bilhões para US$ 17,6 bilhões em 2044.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.