O setor de agroenergia observa com preocupação o uso do etanol como moeda de troca para os Estados Unidos reduzirem as tarifas gerais de 50% sobre produtos importados do Brasil.
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O etanol foi apontado pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos como uma “prática comercial injusta” em razão da tarifa de importação brasileira de 18%, o que diminuiria a competitividade para os produtores americanos, de acordo com a Casa Branca.
Na investigação comercial dos EUA sobre o Brasil, o etanol foi o único produto mencionado e que recebeu maior destaque. Assim, parlamentares, empresários e integrantes do governo acreditam que a redução das tarifas de importação deve ser uma exigência da Casa Branca para negociações.
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A CNN, empresários do setor de agroenergia afirmaram, em confidencialidade, acreditar que a aceitação do governo em reduzir a tarifa de importação de etanol é “bastante provável”. Inclusive, eles disseram que a medida é apoiada por outros segmentos do setor produtivo que não têm relação com a substância e, portanto, seriam beneficiados com a redução da alíquota geral de 50%.
Em 2017, o Brasil estabeleceu uma cota tarifária de 600 milhões de litros anuais, com adicional de 20% sobre importações de etanol. Após alterações na cobrança nos anos seguintes, a alíquota foi fixada em 18% a partir de 1º de janeiro de 2024.
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O Departamento de Comércio dos Estados Unidos afirma que os Estados Unidos enfrentam tarifas elevadas sobre o etanol, decorrentes do desequilíbrio comercial causado pela decisão do Brasil de interromper o tratamento recíproco, que antes garantia isenção de impostos e impulsionava o desenvolvimento e o comércio entre as indústrias.
A redução das tarifas de importação do etanol, conforme declarado a CNN por executivos do agronegócio, poderá causar a perda de centenas ou milhares de empregos, principalmente no Nordeste.
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Fonte por: CNN Brasil
