Agentes de inteligência denunciam Netanyahu por “emitir ordens ilegais e permitir a morte de reféns”

Um grupo de oficiais de inteligência militar de Israel declarou que as ordens emitidas pelo governo de Binyamin Netanyahu não devem ser obedecidas, anunciando que não participaria mais das operações israelenses na Faixa de Gaza, conforme divulgado em uma carta na terça-feira, 10. O documento foi assinado por 41 oficiais e reservistas.

11/06/2025 18:23

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Agentes de inteligência denunciam Netanyahu por “emitir ordens ilegais e permitir a morte de reféns”
(Imagem de reprodução da internet).

O governo de Binyamin Netanyahu está emitindo ordens “ilegais” que não devem ser seguidas, de acordo com um grupo de oficiais da inteligência militar de Israel, que anunciou que não iria mais participar das operações israelenses na Faixa de Gaza em uma carta divulgada na terça-feira, 10.

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O documento foi assinado por 41 oficiais e militares de reserva e encaminhado a Netanyahu e ao ministro da Defesa, Israel Katz. Os militares declararam que o governo israelense estava conduzindo uma “guerra interminável e desnecessária” em Gaza.

O grupo de israelenses manifesta sua recusa em participar de um conflito que visa preservar o governo de Netanyahu e manter elementos antidemocráticos em seu governo.

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Os responsáveis pela assinatura do documento não foram identificados, sendo-os integrantes do comitê de inteligência das Forças de Defesa de Israel (FDI), que atuou na escolha de alvos para ataques em Gaza.

O grupo afirmou que o governo de Netanyahu aplicou uma “sentença de morte” aos reféns israelenses que permanecem em Gaza após a quebra do acordo de cessar-fogo com o Hamas em março.

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De acordo com a carta, diversos reféns foram mortos em decorrência de ataques aéreos do Exército de Israel. Cinquenta e cinco reféns israelenses permanecem em Gaza, sendo que apenas vinte estão vivos.

O conflito em Gaza já resultou em mais de 55 mil mortos, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza, que não distingue entre civis e combatentes. O enfrentamento teve início em 7 de outubro de 2023 após atos terroristas do Hamas em Israel, causando 1.2 mil mortes e o sequestro de 250 pessoas.

O plano para a ocupação de Gaza.

A publicação da carta acontece um mês após o gabinete de segurança aprovar um plano para mobilizar mais reservistas do Exército israelense e intensificar o controle militar de Gaza.

Segundo o documento, Israel obrigaria o deslocamento dos dois milhões de palestinos que residem no território para uma zona humanitária no sul de Gaza, próximo à fronteira com o Egito. O restante do território seria ocupado por Israel para a demolição de toda a infraestrutura militar e túneis do Hamas.

A crise humanitária em Gaza tem causado grande preocupação à comunidade internacional. Um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), agência apoiada pela ONU, lançado no início de maio, indicou que a população inteira do território palestino enfrenta “risco crítico” de fome e “níveis extremos” de insegurança alimentar.

Após o término do cessar-fogo, em março, o governo israelense bloqueou a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, justificando que se tratava de uma estratégia para pressionar o Hamas a liberar os reféns, mas retomou a permissão em maio.

Estadão Conteúdo

Fonte por: Tribuna do Norte

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.