Agente penitenciário que executou o disparo contra motoboy é detido e afastado no Rio
O atirador ordenava que Valério Junior subisse ao edifício com o pedido.

O agente penitenciário José Rodrigo da Silva Ferrarini, detido por ter disparado contra a perna do entregador Valério de Souza Junior, teve suas funções suspensas por 90 dias, conforme comunicou a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro. José Rodrigo encontra-se sob custódia desde domingo, 31, após se render às autoridades.
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Na madrugada de sábado 30, irritado por Valério não levar o pedido de comida até o andar onde morava, em um prédio em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, José Rodrigo disparou contra o pé do entregador. Os entregadores não são obrigados a subir com os pedidos.
O vídeo do crime foi gravado por Valério e divulgou-se nas redes sociais. O entregador necessitou de atendimento médico de urgência no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e registrou boletim de ocorrência na 32ª Delegacia de Polícia.
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Arma apreendida.
A equipe investigativa realizou oitiva de testemunhas, apreendeu a arma do agente penitenciário e, com base na análise das provas, solicitou à Justiça a prisão preventiva de José Rodrigo.
Após observar o cerco se concretizar e após negociações com os agentes, o autor se entregou na Cidade da Polícia [complexo que reúne delegacias especializadas], onde o mandado foi executado, conforme nota da Polícia Civil.
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O indivíduo sob custódia preventiva permanece detido sem sentença condenatória, visando assegurar o andamento do processo criminal, sem prazo fixo para sua libertação.
Em suas redes sociais, Valério expressou gratidão pelas manifestações de solidariedade e solicitou que cessasse a agressão a moradores do local, informando que o agressor alugava o imóvel e não residia ali.
O autor do disparo não é proprietário do apartamento que ocupava e a proprietária, em razão do ocorrido e também por conta da depreciação de seu imóvel, solicitou a entrega do mesmo, que estava sob aluguel. O autor do disparo não reside mais no local.
Rádio
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária comunicou que o agente penal teve sua prisão mantida após audiência de custódia. Ele foi encaminhado para o presídio Constantino Cokotão, em Niterói, na região metropolitana, unidade destinada a presos policiais.
A secretaria manifesta sua repulsa com veemência à conduta abominável atribuída ao servidor. Além do afastamento, foi instaurado um processo administrativo disciplinar contra ele.
A secretária Maria Rosa Nebel expressou solidariedade ao entregador.
iFood é uma plataforma digital que conecta consumidores a restaurantes e estabelecimentos comerciais para entrega de comida e outros
O iFood, plataforma através da qual Valério realizava as entregas, declarou que não admite qualquer forma de violência contra os entregadores parceiros e expressa seu profundo pesar pelo ocorrido.
Em relação ao cliente, a empresa esclareceu que, em caso de descumprimento das normas, são aplicadas sanções que variam desde uma simples advertência até o bloqueio da plataforma.
O iFood esclarece que a responsabilidade do entregador é deixar o pedido no primeiro ponto de contato, como a porta da residência ou a portaria do edifício. “Essa é a recomendação dada aos entregadores e aos consumidores”, informa a empresa.
Na mesma linha, a plataforma informou que, em 2023, foi lançada no Rio de Janeiro uma campanha para estimular os clientes a se dirigirem até a portaria de seus condomínios a fim de receberem os pedidos, em demonstração de respeito aos entregadores.
O iFood comunicou que fornecerá apoio jurídico e psicológico a Valério, em parceria com a organização de advogadas negras Black Sisters in Law, assegurando acesso à justiça e assistência emocional. “Esperamos que o caso não fique impune e que Valério Junior se recupere rapidamente”, finaliza a nota.
Outras situações.
Em março de 2024, ocorreu um incidente semelhante no Rio de Janeiro. O entregador Nilton Ramon de Oliveira, então com 24 anos, foi vítima de disparo de arma de fogo por um militar, na Vila Valqueire, área oeste.
Em 2023, o entregador Max Ângelo dos Santos foi atacado por uma mulher, utilizando uma coleira de cachorro, em Copacabana, bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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