A palavra “coisa” é, sem dúvida, uma das mais utilizadas no vocabulário do brasileiro. Ela se manifesta em conversas cotidianas, em textos legais, em discussões filosóficas e até em gírias. Contudo, o que significa exatamente esse termo tão abrangente?

Origem e sentido geral

A palavra “coisa” deriva do latim “causa”, que originalmente significava “motivo” ou “razão”. Com o tempo, adquiriu uma função muito mais ampla. Nos dicionários atuais, é definida como “tudo o que existe ou pode existir”, podendo se referir a objetos, fatos, situações, sentimentos ou qualquer elemento que o falante não nomeia de forma específica.

Em outras palavras, “coisa” é uma espécie de sinônimo que serve quando a palavra precisa exata falta ou quando não se deseja detalhar excessivamente o tema.

A perspectiva dos linguistas

Para linguistas, “coisa” é uma pró-forma nominal, ou seja, um termo genérico que substitui nomes mais específicos. Isso justifica o uso de expressões como “pega aquela coisa ali” ou “essa coisa toda”.

Pesquisas indicam que “coisa” é um dos termos genéricos mais frequentemente empregados em português brasileiro. Em áreas como Minas Gerais, por exemplo, essa função também é exercida por palavras como “trem”.

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Ademais, expressões como “e coisa e tal” são classificadas como extensores gerais, recursos da fala que auxiliam em encerramento de listas ou indicam que há mais elementos implícitos no discurso.

No direito e na filosofia

Fora do uso informal, a palavra também possui aplicações técnicas. No direito, emprega-se em áreas como o Direito das Coisas, indicando o objeto da propriedade ou posse. Já na filosofia, foi utilizada em expressões como a “coisa em si” de Kant, que se refere ao que existe independentemente da percepção humana.

Uma palavra com muitos significados

Na prática, “coisa” adquiriu inúmeros significados e expressões.

Também derivam delas formas como “coisinha”, “coisona” e até o verbo popular “coisar”, usado de modo improvisado quando falta uma palavra específica.

Conclusão

A palavra “coisa” demonstra a criatividade e a flexibilidade da língua portuguesa. Seja para indicar um objeto indefinido, atenuar um assunto delicado, enfatizar expressões populares ou construir conceitos filosóficos, ela evidencia como um termo simples pode ter múltiplos e adaptáveis significados a diferentes contextos.

Fonte por: FDR