Advogado Igor Vasconcelos cita “O Senhor dos Anéis” em defesa no STF e pede coerência nas acusações

Durante julgamento no STF, advogado Igor Vasconcelos cita “O Senhor dos Anéis” para defender tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, acusado de golpe

12/11/2025 13:52

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(Imagem de reprodução da internet).

Advogado Cita “O Senhor dos Anéis” em Julgamento no STF

O advogado Igor Vasconcelos mencionou a obra “O Senhor dos Anéis”, de J. R. R. Tolkien, durante um julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (12). Ele defende o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, acusado pela PGR (Procuradoria Geral da República) de tentar enfraquecer autoridades militares que se opuseram a um golpe de Estado após as eleições de 2022.

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Na sua sustentação oral, Igor começou citando uma cena de “As Duas Torres”, o segundo livro da trilogia, para solicitar “coerência” entre as acusações e a realidade dos fatos. “É uma ilustração que vem da literatura clássica, impressionante e popularizada pelo filme”, afirmou.

História dos Hobbits e Barbárvore

O advogado relembrou a narrativa em que hobbits, pequenos seres da obra, escapam de um inimigo durante uma jornada para destruir um anel e salvar a Terra Média. No caminho, eles encontram uma floresta habitada por entidades antigas chamadas Barbárvores.

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Enquanto os hobbits são carregados pelas árvores, começam a relatar suas experiências. Igor destacou um diálogo em que Barbárvore, ao ouvir a descrição de um morro, questiona como os hobbits chamam aquele lugar em sua língua. A resposta dos hobbits é que se trata de um morro.

Coerência na Defesa

Na conclusão de sua argumentação, Igor citou a resposta de Barbárvore, que diz que “morro é uma palavra pesada demais para descrever o tamanho e a história dessa montanha”. Ele então pediu que houvesse coerência entre o nome do réu e os fatos ocorridos.

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Sérgio Ricardo Cavaliere é um dos dez integrantes do núcleo 3 da trama golpista, que inclui militares de forças especiais.

A PGR alega que Sérgio participou da divulgação de uma carta de pressão e tentou enfraquecer autoridades militares, mesmo ciente de que as alegações de fraude eram infundadas. Na sessão anterior, o procurador Gonet indicou que a maioria dos réus deve responder por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Por outro lado, Ronald Ferreira de Araújo foi o único réu que não enfrentou o pedido de condenação pelos cinco crimes da denúncia, pois não há provas de sua participação nas ações violentas. Gonet sugeriu que Ronald fosse condenado apenas por incitação ao crime.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.