O advogado Eduardo Kuntz, que defende o coronel Marcelo Câmara na ação penal por tentativa de golpe, solicitou à OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo) o apoio para sua defesa no STF (Supremo Tribunal Federal).

O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a instauração de um inquérito no tribunal para apurar uma suposta prática de crime de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa. O advogado informou ter trocado mensagens com o tenente-coronel Mauro Cid por meio do perfil clandestino @garbielar702 no Instagram.

Ademais da investigação envolvendo o advogado, Moraes também ordenou a prisão preventiva de Marcelo Câmara.

O ministro afirmou que o coronel, por meio de seu advogado, tentou “obter informações sigilosas sobre o acordo de colaboração premiada de Mauro César Barbosa Cid”, o que pode configurar, em tese, o crime de obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa.

A OAB-SP designou Alberto Zacharias Toron e Renato Marques Martins na quarta-feira (18.jun.2025) para atuar como advogados de Kuntz perante o tribunal.

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Em nota ao Poder360, o presidente do Órgão, Leonardo Sica, declarou nesta sexta-feira (20.jun) que “todo advogado que tiver suas prerrogativas violadas, no exercício profissional, tem o direito de contar com a assistência da OAB”.

Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva do Exército, é ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e réu no inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado.

Na segunda-feira (16.jun), a defesa de Câmara solicitou ao STF a anulação do acordo de parcelamento de Mauro Cid.

O advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, informou ter conversado com o tenente-coronel pelo Instagram e pessoalmente na Hípica de Brasília para tratar dos termos do acordo. Ele declarou que Cid relatou ter sido pressionado pela PF (Polícia Federal).

Kuntz, ao relatar os depoimentos ao STF, declarou que buscava defender os interesses de seu cliente em relação à versão oficial da data de Cid. Moraes considerou o argumento inadequado e destacou que Kuntz agiu de maneira ilícita ao tentar obter informações sigilosas do colaborador.

Delação de Cidadão

A defesa de Bolsonaro também solicitou a anulação do acordo de delação de Mauro Cid. A solicitação se baseou em uma troca de mensagens divulgada pela revista Veja, que apontariam para a falsidade de depoimento de Mauro Cid perante o Judiciário. Moraes rejeitou o pedido.

A reportagem inclui imagens de conversas entre o ex-ajudante de ordens e uma pessoa próxima a Bolsonaro. A Veja afirma que Cid utilizou o perfil @gabrielar702 para discutir os detalhes da investigação.

Fonte por: Poder 360