Advogado do filho de ex-diretor do INSS é ouvido sob habeas corpus em CPMI
Advogado Eric Douglas Martins Fidelis presta depoimento polêmico na CPMI do INSS. Investigações sobre fraudes em descontos de aposentados. Proteção judicial do ministro Luiz Fux
Depoimento Polêmico na CPMI do INSS
O advogado Eric Douglas Martins Fidelis prestou um depoimento conturbado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025. Durante o período, o advogado se recusou a responder a grande parte das perguntas dos deputados e senadores presentes, sob a proteção de um habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal.
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Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS, André Fidelis, permaneceu amparado pela decisão judicial que lhe assegurava o direito de não se incriminar. A CPMI, liderada pelo deputado da União Brasil-AL, investiga suspeitas de fraudes nos descontos de aposentados.
Questionamentos sobre Pagamentos e Suspeitas de Fraudes
O deputado relator questionou Eric Douglas Martins Fidelis sobre o recebimento de mais de R$ 3 milhões de empresas como Acca Consultoria, ACDS Call Center e Prospect, que teriam repassado o valor ao escritório de advocacia. Além disso, o advogado teria recebido diretamente cerca de R$ 1,8 milhão como pessoa física.
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Ao ser perguntado sobre a justificativa para esses pagamentos, Eric Douglas Martins Fidelis optou por permanecer em silêncio, reiterando a proteção judicial que lhe garantia o direito de não se incriminar. A CPMI busca entender a natureza dos serviços prestados.
Prisão do Pai e Investigações em Andamento
Em determinado momento, o deputado Gaspar informou a Eric Douglas Martins Fidelis sobre a prisão de seu pai, André Fidelis, alegando que havia indícios de que o ex-diretor teria sido detido devido às ações do filho. O deputado enfatizou que Eric Fidelis possuía a oportunidade de esclarecer os fatos e salvar seu pai.
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A Polícia Federal investiga se André Fidelis autorizou acordos de cooperação técnica que permitiram que 15 entidades descontassem cerca de R$ 1,66 bilhão de aposentados e pensionistas. A investigação também apura possíveis transferências financeiras entre essas entidades e pessoas ligadas à família Fidelis.
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.
