O investidor britânico William Browder, cliente do advogado russo Sergei Magnitsky, cuja morte inspirou a Lei Magnitsky, declarou nesta quarta-feira 30 que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, não se enquadra em nenhuma das categorias previstas na legislação norte-americana.
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“Dediquei anos a defender a aprovação da Lei Magnitsky para combater a impunidade de autores de violações graves de direitos humanos e indivíduos envolvidos em corrupção, conforme meu conhecimento. O juiz brasileiro Moraes não se enquadra em nenhuma dessas categorias”, escreveu Browder em sua conta no X.
O gestor de investimentos lidera a Hermitage Capital Management, uma empresa de gestão de fundos e ativos focada nos mercados da Rússia. Ele foi retirado do país sob o governo de Vladimir Putin após relatar esquemas de corrupção envolvendo oligarcas próximos ao presidente russo. Magnitsky era seu advogado e, em 2009, seu corpo foi localizado em uma prisão de Moscou.
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Após a morte do advogado na prisão, Browder passou a defender o projeto que deu origem à Lei Magnitsky, sancionada por Barack Obama em 2012.
A sanção contra Moraes foi divulgada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro dos EUA, sob a alegação de que o magistrado utilizou sua posição para autorizar detenções arbitrárias, reprimir a liberdade de expressão e conduzir uma campanha politicamente motivada contra opositores.
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O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirma que Moraes conduz uma “caça às bruxas ilegal” contra cidadãos e empresas brasileiros e americanos, abrangendo a perseguição a jornalistas e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fonte por: Carta Capital