Os assessores econômicos da Casa Branca defenderam no domingo (4) a demissão da chefe do BLS (Escritório de Estatísticas do Trabalho) pelo presidente Donald Trump, refutando as críticas de que a ação de Trump pode comprometer a confiança nos dados econômicos oficiais dos Estados Unidos.
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Posteriormente, no mesmo dia, Trump voltou a criticar a comissária do BLS, Erika McEntarfer, sem apresentar provas de irregularidades, e declarou que nomearia um novo comissário em três ou quatro dias.
O embaixador de comércio dos EUA, Jamieson Greer, declarou à CBS que Trump tinha “preocupações reais” sobre os dados do BLS, enquanto Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, afirmou que o presidente “está certo em pedir uma nova liderança”.
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Hassett declarou ao Fox News Sunday que a principal preocupação era o relatório de sexta-feira (1º) do BLS sobre revisões negativas líquidas, indicando que foram criados 258.000 empregos a menos em maio e junho em comparação com o que havia sido previamente divulgado.
Trump acusou McEntarfer de fraudar as estatísticas de emprego, sem apresentar provas de adulteração de dados. O BLS elabora o relatório de empregos, que é monitorado de perto, juntamente com os dados de preços ao consumidor e ao produtor.
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O BLS não apresentou justificativas para os dados revisados, mas apontou que “as revisões mensais decorrem de relatórios complementares recebidos de empresas e agências governamentais, desde as últimas estimativas divulgadas e do recolhimento de fatores sazonais”.
McEntarfer respondeu à sua demissão abrupta na sexta-feira (1º) em uma publicação na plataforma de mídia social Bluesky, afirmando que foi “a honra de sua vida” servir como comissária do BLS e elogiando os colaboradores públicos que trabalham lá.
Foi uma honra para mim servir como Comissário do BLS ao lado de muitos servidores civis dedicados, responsáveis por medir uma economia vasta e dinâmica. É um trabalho vital e importante, e agradeço o seu serviço à nação.
A saída de McEntarfer intensificou as crescentes preocupações em relação à qualidade dos dados econômicos dos EUA, ocorrendo em paralelo a uma série de novas tarifas sobre dezenas de parceiros comerciais, o que provocou quedas nos mercados de ações globais à medida que Trump seguia com os planos de remodelar a economia mundial.
Os investidores acompanham o impacto da inesperada saída da diretora do Federal Reserve, Adriana Kugler, que criou uma oportunidade no influente conselho do banco central americano e pode intensificar o processo de transição de liderança turbulento para a condução do Fed, considerando as tensões com Trump.
O presidente Trump afirmou, no domingo (4), que fará um anúncio sobre um nome para preencher a posição aberta no Federal Reserve nos próximos dias.
Fonte por: CNN Brasil