Adenomiose: definição, sinais, abordagens terapêuticas e seus efeitos sobre a capacidade de ter filhos

A adenomiose constitui um obstáculo para a reprodução, além do incômodo físico e do sofrimento emocional causados pelos sintomas.

06/06/2025 14:23

1 min de leitura

Adenomiose: definição, sinais, abordagens terapêuticas e seus efeitos sobre a capacidade de ter filhos

A adenomiose é uma doença caracterizada pelo crescimento anômalo do tecido endometrial dentro da parede do útero. Trata-se de uma condição que afeta diversas mulheres, principalmente entre as faixas etárias de 30 e 40 anos. A adenomiose é uma doença estrogênio-sensível, seus sintomas e progressão dependem dos níveis do hormônio estrogênio no corpo. A ginecologista Iana Carruego, da Clínica Elsimar Coutinho em São Paulo, explica que a condição se diferencia de outras doenças uterinas por afetar a parede muscular do útero, onde o tecido endometrial se infiltra. Roberto de Azevedo Antunes, diretor da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), ressalta que, sob condições comuns, o endométrio reveste apenas o interior da cavidade uterina. A adenomiose ocorre quando esse tecido invade a parede muscular, podendo causar dor pélvica, alterações na anatomia uterina e infertilidade. A endometriose, por outro lado, é o crescimento do tecido do endométrio em outras áreas do abdômen, como intestino, bexiga e ovários. Conforme Antunes, a adenomiose afeta a fertilidade de forma complexa, sobretudo ao gerar um ambiente inflamatório no útero e modificar a expressão de moléculas cruciais para a implantação do embrião. Durante a gestação, há risco elevado de complicações, incluindo abortos espontâneos, partos prematuros, hipertensão gestacional e recém-nascidos com baixo peso. Em situações em que a adenomiose produz nódulos que prejudicam a implantação do embrião, pode ser necessária a realização de cirurgia para remoção dessas lesões, mantendo a estrutura do útero. A adenomiose pode impactar a fertilidade, dificultando a gravidez e aumentando o risco de aborto. Os hormônios são a primeira opção terapêutica, visando aprimorar a qualidade do endométrio. Contudo, fármacos que regulam a enfermidade frequentemente inibem a ovulação, prejudicando a concepção natural.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.