Acordo impede que brasileiro abandone guerra na Ucrânia: “Estou sozinho”
Lucas Felype, com 20 anos, se ofereceu como voluntário para atuar na área de tecnologia militar, porém afirma ter sido designado para uma função relacio…

O paranaense Lucas Felype Vieira Bueno, com 20 anos, relatou estar em situação de risco na Ucrânia após se alistar como voluntário. Ele alega ter sido enganado ao ser designado para atuar na linha de frente do conflito armado, mesmo após ter sido recrutado com a promessa de trabalhar na área de tecnologia militar, em especial com drones.
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Cheguei à Ucrânia como voluntário com a promessa de trabalhar com tecnologia militar, sobretudo na área de drones. Contudo, desde que arrivei aqui, tudo mudou. Estão me fornecendo uma arma e me levando para uma zona de guerra sem o meu consentimento, relatou em um vídeo publicado nas redes sociais na última sexta-feira (25).
Originário de Francisco Beltrão (PR), Lucas relatou ter tomado a decisão de se alistar após a perda de sua mãe para o câncer, no final de 2024. Em meio ao luto e a uma situação delicada, ele assistiu a um vídeo de recrutamento para estrangeiros e deu início ao processo. “Estava me sentindo perdido, comecei a questionar sobre continuar vivendo uma vida rotineira”, declarou. Durante o recrutamento, segundo ele, foi informado que poderia atuar com tecnologia e logística.
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Ao chegar à Ucrânia, Lucas começou o treinamento básico e firmou contrato com o Ministério da Defesa do país. Após a conclusão do curso, ele optou por uma brigada focada no uso de drones e se candidatou para trabalhar como técnico. Contudo, recebeu a notícia de que precisava se mudar para a região de Kharkiv, próxima à fronteira com a Rússia – uma das áreas mais impactadas pelo conflito.
Ele relatou que foi solicitado outro treinamento, porém, ao chegar lá percebeu que se tratava de uma preparação para a área de front. Informou que foi dito que talvez estivéssemos aguardando uma equipe solicitando suporte. Tudo era bastante confuso, segundo ele.
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Lucas declarou ter tentado rescindir o contrato, porém foi informado de que tal não é viável. O acordo, firmado em junho, estabelece um período inicial obrigatório de seis meses. “Conversei com os responsáveis, mas todas as respostas foram as mesmas. Não posso cancelar o contrato”, afirmou.
Ele expressa seu pesar pela falta de apoio governamental: “Tentei contatar a embaixada do Brasil, solicitei assistência, relatei os fatos. A resposta foi que eles não poderiam intervir e que eu deveria resolver a situação sozinho com o exército ucraniano. Estou isolado no centro de uma guerra.”
A CNN contatou a embaixada do Brasil na Ucrânia e o Ministério das Relações Exteriores, porém não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
Após a repercussão de seu relato, Lucas afirmou ter sido contatado por outros brasileiros que se encontram em situação similar. “Estamos trocando informações e buscando entender como as coisas começaram a desviar do rumo correto. Essa divulgação pública não foi um ato impulsivo. Foi uma tentativa de ser ouvido.”
Ele conclui o vídeo solicitando auxílio e avisando: “Se eu desaparecer, se algo ocorrer comigo, vocês já sabem. E desejo que outros brasileiros não sofram o que estou enfrentando.”
Sob a supervisão de Rafael Saldanha.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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