Acordo entre Brasil e EUA na mineração exige tarifa elevada

A estratégia do governo Lula, segundo o ministro da Fazenda, será “despolitizar o debate comercial”.

04/08/2025 18:20

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Acordo entre Brasil e EUA na mineração exige tarifa elevada
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que uma reunião com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, poderia ocorrer ainda nesta semana. A discussão abordaria apenas assuntos bilaterais, sem afetar a soberania nacional, conforme o petista.

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Em entrevista à Rádio BandNews FM na segunda-feira, 4, Haddad declarou existir setores “alegrados com uma tarifa exorbitante de 50%”, apesar do presidente norte-americano, Donald Trump, ter dispensado quase 700 itens da sobretaxa.

O comércio internacional não pode ser utilizado para interesses eleitorais de um país que deseja ver o nosso País governado por forças que querem entregar as riquezas naturais, incluindo as terras raras, os minerais críticos, a questão da regulação das big techs, a questão do Pix.

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Haddad pavimentou o caminho, contudo, para ampliar as trocas em interesses estratégicos.

Considerando a maior economia do mundo, o Brasil pode participar mais do comércio bilateral e de investimentos estratégicos, avaliou. Temos minerais críticos e terras raras. Os EUA não são ricos nesses minerais. Podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes. Na área tecnológica temos muito aprender e ensinar.

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A estratégia do governo, reiterou, será “despolitizar o debate comercial”. Ele criticou o fato do Brasil ter sido mais penalizado que países antidemocráticos e atribuiu a ofensiva de Trump a atuação da oposição — sem citar diretamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Haddad argumenta que houve uma “politicização” sem precedentes do aspecto tarifário. Estamos falando de países com governos autoritários e ditatoriais, e isso não impediu que as tarifas fossem utilizadas com finalidade política. A posição dos Estados Unidos mudou de maio para julho, em virtude da oposição ter se mobilizado contra os interesses nacionais.

Fonte por: Carta Capital

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.