Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), equipes da Polícia Penal do Distrito Federal iniciarão o monitoramento da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encontra em regime de prisão domiciliar em Brasília desde o dia 4.
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A decisão responde a um pedido do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), e a uma manifestação favorável da PGR.
Conforme a decisão do magistrado, a medida deverá ser cumprida:
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A Polícia Federal solicita em comunicado ao Supremo, o reforço urgente e imediato de policiamento na área ao redor da residência de Bolsonaro, além da manutenção e verificação contínua da monitoração eletrônica.
A denúncia indica que a Polícia Federal recebeu informações sobre um risco concreto de fuga de Bolsonaro. O documento aponta que o ex-presidente poderia tentar entrar na Embaixada dos Estados Unidos e, em seguida, solicitar asilo político ao país.
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Na decisão, Moraes mencionou a proximidade do julgamento do núcleo 1 da ação penal que investiga um planejamento de golpe de Estado no país, onde o ex-presidente é réu e apontado como líder da organização criminosa.
O magistrado também destacou a existência de um esboço de pedido de asilo político na Argentina, prova obtida pela Polícia Federal. No documento, Bolsonaro solicita ao presidente Javier Milei refúgio em caráter de urgência.
Policiais no interior.
Na terça-feira (26), a Polícia Federal solicitou que Moraes autorizasse uma equipe policial em tempo integral na residência de Jair Bolsonaro, visando assegurar o cumprimento da prisão domiciliar e prevenir sua fuga.
Na manifestação assinada pelo diretor-geral, Andrei Rodrigues, a PF afirma que seria imprescindível definir um grupo de policiais para permanecer 24 horas na residência, como já ocorreu em casos semelhantes, a fim de assegurar a eficácia da medida (manutenção da prisão domiciliar).
A Polícia Federal argumenta no inquérito que o monitoramento eletrônico não é adequado, visto que “depende de sinal de operadora de telefonia, sendo possíveis falhas ou interferências deliberadas para o atraso na detecção de violações das condições”.
A Procuradoria-Geral da República recomendou, em sua manifestação, apenas o policiamento ostensivo com prontidão para o monitoramento na residência do ex-presidente.
O chefe da Polícia Federal argumenta que as providências propostas pela PGR demandariam a presença física de diversos funcionários no local da residência de Bolsonaro, com fiscalização rigorosa dos acessos e veículos. Contudo, sob uma perspectiva operacional, tal situação seria impraticável e geraria transtornos aos moradores, indo contra os próprios propósitos da Procuradoria.
Na noite de terça-feira, o ministro enviou o relatório da Polícia Federal para uma nova análise da Procuradora-Geral da República.
A defesa de Bolsonaro considerou o pedido da PF como um constrangimento desnecessário.
Com informações de Gabriela Boechat e Davi Vittorazzi, da CNN
Fonte por: CNN Brasil